Na última semana, a Petrobras anunciou aumento de 5% no botijão de gás de 13 quilos (GLP) no país, resultante do reajuste nas refinarias. Em Caxias do Sul, o impacto no bolso do consumidor já pode ser sentido, uma vez que, além da liberdade comercial, as distribuidoras precisam incorporar o valor de impostos (ICMS, PIS/Pasep e Cofins) e custos como mão de obra, logística e margem de lucro no valor final.
Entre 12 revendas da cidade consultadas pelo Pioneiro na tarde desta quarta-feira, a maioria informou ter repassado o aumento no produto. Os estabelecimentos confirmaram acréscimo médio de R$ 2.
A média de preço para o botijão de 13 quilos praticado nos 12 locais verificados pela reportagem foi de R$ 73,91 (sem frete) e R$ 81,16 (com frete).
Conforme o presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no Rio Grande do Sul (Singasul), Ronaldo Tonet, o valor é semelhante à média estimada do Estado, de R$ 78 (sem frete).
— O aumento de R$ 2 fica na (parte) baixa da estimativa que projetamos, entre R$ 2 e R$ 2,50 com o reajuste.
Em médio prazo, Tonet afirma que os preços devem sofrer só oscilações normais de concorrência.
— O mercado se autorregula. Depende da concorrência, não somente dos agentes do setor, como distribuidoras e revendas, mas também de outros segmentos. Não se pode só assar uma carne com forno a gás, tem forno elétrico, pode usar churrasqueira, às vezes micro-ondas. Se gás de cozinha se desequilibra demais em comparação a outras alternativas energéticas, o consumidor migra para a outra — comenta.
A variação de preço nos estabelecimentos consultados pelo Pioneiro, por exemplo, chega a registrar R$ 20 de diferença. Um dos fatores que podem impactar diretamente nessa discrepância é o valor da telentrega do produto (mais detalhes na tabela abaixo).
No último levantamento divulgado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre os dias 20 e 26 de outubro, o preço médio praticado em Caxias para o GLP era de R$ 74,84, sendo o valor mais baixo de R$ 68 e o mais alto R$ 80. Os preços não incluíam a entrega. Vinte e três estabelecimentos foram consultados na pesquisa da ANP.
10 dicas para reduzir o consumo
:: Tampe as panelas para que o calor interno facilite o cozimento dos alimentos. Em alguns preparos, inclusive, você pode desligar o fogão e terminar de cozinhar com o calor que já está dentro da panela.
:: A panela de pressão agiliza o cozimento de alguns pratos e, portanto, gasta menos gás.
:: Alguns fogões têm bocas maiores e menores que são, justamente, para panelas e frigideiras de diâmetro correspondentes. Escolha o queimador no tamanho certo.
:: Ao usar o forno para assar os alimentos, não abra a porta do equipamento sem necessidade. Isso evita que ele perca o calor interno.
:: Tente assar mais de um prato ao mesmo tempo no forno. Assim você economia gás e tempo.
:: Verifique a mangueira do gás com frequência para garantir que não há vazamentos.
:: O regulador reduz a pressão do gás que sai do botijão. Por isso, é fundamental que esteja funcionando com segurança.
:: Repare na coloração da chama. O ideal é que esteja azulada. A cor amarela indica que os queimadores do fogão estão desregulados e, por isso, acabam soltando mais gás do que o necessário.
:: Mantenha as bocas limpas, caso contrário, os alimentos levarão mais tempo para serem cozidos, e o gasto de gás será maior.
:: Deixe os alimentos de molho (feijão, arroz, grão de bico, ervilhas secas, grão de soja e semente de trigo) ou descongele (carnes) um dia antes . Isso pode tornar o cozimento mais rápido.