As ruas de Caxias do Sul ganham, em média, 5 mil novos motoristas por ano. Nos últimos três anos foram mais de 15 mil. Mesmo assim, o alto custo para conseguir o documento, está reduzindo a procura nos CFCs da cidade e do Estado. Em 2018, a queda foi de 19% em relação a 2017. Se comparado com 2016, o recuo é de 24%.
Na tarde da última quarta-feira (6), pelo menos 20 alunos estavam atentos às informações passadas pela instrutora Cibele Almeida na escola São Cristóvão, em Caxias. Para a maioria, conseguir a primeira CNH é sinônimo de independência.
— Não quero mais depender dos pais, do transporte urbano ou do Uber para me deslocar — aponta Luisa Biesek, 19 anos.
Além disso, segundo ela, estar habilitada pode abrir mais oportunidades no mercado de trabalho, já que muitas vagas exigem a CNH.
Conquistar a independência também é o sonho do estudante Patrick Lazzaretti, 18.
— Acho importante ter o documento. Facilita o transporte, mas também pode ser um facilitador para ingressar no mercado de trabalho.
Patrícia Silveira, 27, ainda não é habilitada, mas pretende conseguir em breve. A falta de dinheiro foi uma das causas para atrasar o encaminhamento do documento. Desempregada, ela aposta na habilitação para ter mais chances.
— Várias funções exigem a habilitação, principalmente na área comercial. Além disso, quero me tornar independente.
Para a instrutora Cibele Almeida, que atua há sete anos na área, mais importante que adquirir a carteira de habilitação é formar motoristas conscientes.
Questionada sobre a sua avaliação sobre os condutores de Caxias, ela alerta:
— Falta cortesia, prudência.
Saiba quantos reprovam e porque