O prefeito Daniel Guerra (PRB) ouviu, no início da noite desta quarta-feira, as reivindicações do empresariado caxiense, em edição do projeto Gabinete Itinerante realizada na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul. A pauta discutida no encontro se assemelhou à da reunião feita em maio entre dirigentes dos sindicatos representados pela CIC com integrantes do Executivo, na qual o prefeito não compareceu, gerando mal-estar entre os representantes sindicais na ocasião.
Desta vez, quase 20 dirigentes de sindicatos patronais e diretores da CIC estiveram no encontro. Pelo lado da prefeitura, a comitiva contou, além do prefeito, com secretários de diferentes pastas e presidentes de autarquias.
Como no encontro de maio, os empresários, individualmente, apresentaram as demandas de suas categorias. Cada um teve três minutos para se manifestar. Em geral, o tom das falas foi de cordialidade, incluindo até elogios ao prefeito. No entanto, alguns dirigentes, de setores como gastronomia e hotelaria, reclamaram das dificuldades de diálogo com a prefeitura para a tomada de decisões.
Dirigentes do comércio solicitaram medidas de combate ao comércio informal no centro de Caxias.
- O comércio ilegal é um câncer - comparou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ivonei Pioner.
Guerra contestou dizendo que a prefeitura tentou o diálogo com os vendedores ambulantes, em um primeiro momento, mas que agora a fiscalização está sendo intensificada, sendo realizada três vezes pela manhã e três à tarde.
Um tema recorrente na pauta dos dirigentes foi a necessidade de Caxias investir no turismo e na busca de uma nova matriz econômica. Para Ivanir Gasparin, presidente da CIC, Caxias poderia ser um “cluster” turístico da região.
O prefeito mencionou que a falta de divulgação turística da cidade ocorre devido à falta de recursos. Inclusive, reiteradas vezes, Guerra manifestou que a prefeitura passa por dificuldades financeiras. Por isso, não se comprometeu, por exemplo, com a possibilidade de revisão do valor de IPTU pago por algumas empresas, uma das pautas levantadas pelos empresários.
Algumas das reivindicações
- Fiscalização ao comércio informal nas ruas de Caxias.
- Incentivo ao turismo no município.
- Mais apoio do poder público a eventos na cidade.
- Melhorias no aeroporto regional Hugo Cantergiani, como a construção de uma marquise e a instalação de equipamentos para melhorar as condições de pouso.
- Revisão do cálculo do IPTU.
- Apoio às agroindústrias.
- Agilidade na emissão das licenças para os empreendimentos.
- Participação da prefeitura no movimento Mobilização por Caxias.