O quarto dia consecutivo da greve dos caminhoneiros provocou uma corrida contra o tempo em busca de combustíveis nos postos de Caxias do Sul. Já nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira filas extensas eram registradas em diversos estabelecimentos da cidade. A previsão dos postos consultados pelo Pioneiro é de estoque dure até o meio-dia desta quinta.
Em um posto localizado na Rua Matheo Gianella, bairro Pio X, por exemplo, por volta das 7h30min, havia somente 800 litros de uma gasolina de tipo especial, chamada Pódium. A expectativa dos funcionários era de que o estoque acabasse em menos de uma hora e meia, por volta das 9h. O diesel e a gasolina comum terminaram ainda na noite de quarta-feira, quando também foi registrada alta procura.
Na Perimetral Norte, na região dos bairros Interlagos e São José, ao menos dois postos não haviam aberto as portas devido à falta de combustível.
Em um estabelecimento do bairro Santa Lúcia Cohab, na Rua Jacob Luchesi, havia falta de gasolina comum e de etanol. O restante dos combustíveis, no entanto, também já estavam no fim e deveriam durar somente até o meio-dia desta quinta.
Situação parecida foi constatada em um posto na Avenida Júlio de Castilhos. No local, motoristas já formavam fila na rua para esperar a sua vez nas bombas de abastecimento. Porém, os estoques também não deveriam aguentar até a tarde.
Já o diretor de operações e comércio da Rede RodOil, Luciano Demicheli, comenta que a disponibilidade de combustíveis depende do estoque de cada estabelecimento:
— Até o final do dia (desta quinta) os 15 postos que abastecemos da cidade estarão sem combustíveis. Alguns já estão, outros ainda têm um pouco no estoque, mas certamente as bombas secarão — comenta o diretor de operações e comércio da Rede RodOil, Luciano Demicheli.
Segundo ele, embora a demanda tenha aumentado consideravelmente, a rede continuará a comercializar combustíveis com os mesmos preços estabelecidos antes da paralisação:
— Vamos continuar mantendo os preços mesmo sabendo da situação. Os exemplos de postos que praticaram valores abusivos foram casos de oportunistas em outras partes do país que já foram devidamente notificados pelo Procon — ressalta Demicheli.