A Marcopolo não foi tão mal em 2015 quanto o setor metalmecânico caxiense como um todo, que acumulou perdas de 28,9%. A fabricante de ônibus viu seu desempenho desacelerar 19,4%, com receita líquida consolidada de R$ 2,739 bilhões.
Os negócios no Exterior e as exportações da empresa neutralizaram em parte as perdas, ao crescerem 28,5% no ano passado, alcançando R$ 1,475 bilhão. O dólar valorizado deixou nossos produtos mais competitivos lá fora.
Poderia ser pior, por conta da preocupante retração da demanda brasileira por ônibus, em função da instabilidade política e econômica. Foram fabricadas 17.511 unidades voltadas ao mercado nacional, contra 28.429 veículos em 2014, queda de 38,4%.
Enquanto o horizonte doméstico continua nebuloso, a Marcopolo mira estratégias para se fortalecer no Exterior. Em 2016, a empresa espera um ano melhor na Austrália e pretende intensificar a sua presença no México, especialmente no segmento de rodoviários, tanto por intermédio da continuidade da parceria com a Mercedes, quanto também pelas novas oportunidades de encarroçar com outras marcas de chassis.
No Brasil, a leitura é que a retração da demanda por veículos em 2015 e neste início de 2016 representa um represamento de pedidos que se reverterá em novos negócios assim que se restabelecerem as condições de confiança no país.
Desempenho
Caixa-Forte: Marcopolo registra perdas de 19,4% em 2015
Desempenho foi amenizado pelo cenário favorável para as exportações, que cresceram 28,5%
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