Economia de Caxias fecha primeiro quadrimestre com queda de 4,1%

Com queda acumulada de 4,1% no primeiro quadrimestre, a economia caxiense não mostra sinais de recuperação para um futuro próximo. Até abril, todos os principais setores da cidade estão com prejuízos acumulados: indústria (-3,3%), comércio (-9,4%) e serviços (-2,6). Os números mais recentes foram apresentados na tarde desta quarta-feira pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

Em relação a março, o desempenho geral fechou em 4,2% negativos e, na comparação com abril do ano passado, o resultado acumulou queda de 8,6%. O índice mais preocupante, porém, é o acumulado de 12 meses que, em abril, fechou em 0%.

- Esse é o nosso principal parâmetro. Quando o acumulado de 12 meses se torna negativo, estamos em clara recessão. Estamos nesse limite - destaca Mauro Corsetti, diretor do Departamento de Economia, Finanças e Estatísticas da CIC.

Se o presente já não é dos melhores, o futuro é ainda mais preocupante. Alexander Messias, também diretor da CIC, ressalta que a desaceleração na economia caxiense e nacional está sendo "mais rápida que o pior pessimista esperava no ano passado".

- Precisa-se compensar essa desconfiança generalizada, e não vejo isso ocorrendo ao menos até as eleições. Talvez se ganharmos a Copa melhore um pouco, porque o pessimismo geral será menor - acredita.

Um dos problemas que a conjuntura econômica desfavorável causa é a retração do consumo. Muito em função disso, o comércio é quem apresentou os piores resultados de Caxias na comparação com abril do ano passado: queda de 17,8%.

- Com a confiança baixa, o impulso fica contido. Em uma economia favorável, o consumidor olha um item na vitrine e não pensa muito se pode ou não comprar - explica Ivonei Pioner, diretor da CDL.