O presidente do Sindilojas Caxias do Sul, Ivanir Gasparin, comemorou a fiscalização da prefeitura na tarde desta quinta-feira para coibir o comércio ambulante no Centro às vésperas do Natal. Fiscais da prefeitura recolheram seis mil produtos ilegais em uma ação que englobou também o comércio indígena, já que a legislação permite apenas que índios comercializem artesanatos. A iniciativa, que contou com o apoio da Brigada Militar, gerou posições contrárias do público nas redes sociais.
"Finalmente tivemos uma resposta. O comércio ambulante é ilegal em nosso município. Vendedores ambulantes não pagam tributos e comercializam produtos sem nota fiscal. Além disso, pessoas são exploradas nesse tipo de comércio, crianças são envolvidas. Diariamente, vans e kombis circulam pelo centro da cidade deixando ambulantes em pontos estratégicos, vendendo produtos sem nota, piratas. Certamente é uma rede bastante lucrativa para quem a comanda, já que nessa realidade não há tributos, encargos trabalhistas, etc", desabafou Gasparin em nota.
Gasparin se diz surpreso com a reação da população, em redes sociais especialmente, defendendo a ilegalidade.
"A mesma população que cobra ações efetivas do poder público condena quando elas acontecem? Comerciantes que pagam impostos e aluguel o ano todo, geram empregos, geram renda, recebem periodicamente diversos tipos de fiscalização e atendem a todas elas para poder manter suas empresas funcionando. Será justo que eles precisem enfrentar a concorrência de pessoas vendendo produtos similares na porta de sua loja sem nota e pela metade do preço?"
O dirigente também destaca a importância de uma legislação mais dura para o comércio ilegal, bandeira da entidade que foi reforçada a partir de "inúmeros encontros com representantes da prefeitura".
A prefeitura ressalta que denúncias relativas ao comércio ambulante podem ser feitas pelos telefones 156 (Alô Caxias) e 3218.6139 ou ainda pelo e-mail smu@caxias.rs.gov.br.
