Embora a indústria ainda seja o principal motor econômico caxiense, os serviços estão ganhando cada vez mais espaço e já abocanham quase 30% do PIB da cidade. Na geração de empregos, essa ascensão fica ainda mais clara: em 2012, a cidade gerou apenas 979 novos postos de trabalho e serviços criou 2.459, o que mostra que enquanto a indústria e o comércio tiveram que fechar postos, serviços seguiu crescendo.
Nesse ano, a disparada continua, conforme dados divulgados pelo Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Dos 5.979 postos de trabalho criados em 2013 até julho, 2.041 foram no setor (o que representa 34,13% do total).
- A indústria criou mais que isso, mas o que ocorreu no caso dela foi praticamente uma recuperação das vagas fechadas ano passado. Serviços teve um ganho real de duas mil vagas e tenho convicção que deve gerar outras duas mil até o final do ano - acredita Loro.
Atualmente, destaca Loro, dos 185 mil empregos formais da cidade, cerca de 61 mil são gerados por serviços. O setor, que abrange inúmeros segmentos (como saúde, educação e turismo), deve se tornar cada vez mais representativo.
- Cerca de 60% do PIB nacional já corresponde a serviços, então a expectativa é que isso ocorra em Caxias também com o tempo. A tendência é mundial - aponta Loro.
Mesmo não fazendo parte do setor de serviços, a construção civil é um dos principais impulsionadores da geração de empregos nessa área. Isso porque, lembra Loro, um imóvel vendido movimenta uma série de profissionais, como corretores, decoradores, arquitetos e pintores.
Nesse ano, em especial, destaca Ricardo Silveira, diretor comercial da Ideal Imóveis, o setor está mais aquecido na cidade em função da mudança no perfil do comprador. Até ano passado, conta ele, o tíquete médio de uma compra na imobiliária era de R$ 190 mil (motivados especialmente por projetos do programa Minha Casa, Minha Vida), agora o valor gira em torno de R$ 500 mil.
- As classes A e B estão injetando mais dinheiro no setor. Estamos notando muita gente comprando o segundo imóvel próprio, além de um número grande de especuladores que veem a área como investimento - ressalta Silveira.
Em função dessa valorização nas negociações, a Ideal cresceu cerca de 115% em faturamento até agora nesse ano. A expectativa, explica Silveira, é fechar 2013 com um crescimento de 140%.
Leia mais sobre o assunto no Pioneiro desta final de semana.