Enquanto alguns tabus não forem quebrados, dificilmente o Brasil passará a ser mais do que a quinta ou a sexta maior economia do mundo. A constatação é do diretor-presidente do Badesul, Marcelo de Carvalho Lopes, que palestrou nesta segunda-feira na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) sobre políticas industriais.
- Para o país crescer, precisamos de mais ousadia da parte do governo e do empresariado - ressaltou.
Segundo Lopes, um dos principais paradigmas que precisa ser revisto diz respeito à inovação. Para exemplificar o assunto, o diretor-presidente citou a Coréia do Sul:
- Há quem diga que "não é vale a pena reinventar a roda", mas obviamente isso é necessário para crescer. Os coreanos criaram, com a Hyundai, um novo paradigma industrial. Cerca de 98% dos veículos que trafegam lá são dessa marca. Nós não temos uma montadora brasileira para fazer isso.
Outras alterações necessárias para o desenvolvimento citadas por Lopes são as reformas trabalhista e tributária no país. Além disso, ele acredita que as empresas precisam diminuir a limitação de mercado.
- É comum escutarmos de empresários que não irão expandir pois "não possuem mercado para isso". A Nokia, empresa que possui 32% do mercado global de seu setor, nasceu na Finlândia, que é um país com apenas cinco milhões de habitantes. Se eles conseguiram, por que a gente não vai?
Durante o encontro, Lopes também comentou que o Badesul deve fechar o ano com cerca de R$ 1 bilhão financiados em ações de desenvolvimento no Estado. A Serra, de acordo com o diretor-presidente, é uma das regiões mais representativas para o órgão estatal:
- A Serra tem mais representatividade no Badesul do que a região metropolitana, mas vemos isso como um resultado natural, já que a região tem muitos empreendedores.
Leia mais sobre o assunto no Pioneiro desta terça-feira.