Sobram vagas em empresas de tecnologia da informação (TI) na Serra

As empresas de Tecnologia de Informação (TI) tem crescido mais do que os ramos tradicionais especialmente nos últimos três anos. Caxias do Sul, conforme dados do Polo de Informática da cidade (Trino Polo), concentra o maior número de empreendimentos do setor no interior do Estado. Ligadas ao Trino Polo, são 74, mas a estimativa é que hajam cerca de 130 empresas na cidade, que geram 3 mil empregos diretos. A maioria delas desenvolve softwares, programas de computador para gerenciar atividades de empresas ou instituições. Com o mercado em expansão, sobram vagas de emprego na área. 

- Há uns três anos, a demanda ia até novembro e depois só se retomava em março. Mas, nos últimos anos, temos trabalhado a pleno o ano inteiro. 2010 e 2011 foram anos excelentes para o setor. E 2012 também promete ser - avalia o presidente do Trino Polo, Antonio Augusto Tessari.

A falta de mão de obra para o setor é o principal problema para acompanhar essa expansão. O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul (Seprorgs), Marcos Antônio Casagrande, aponta a falta de sintonia de universidades com o mercado para resolver essa questão. Para ele, um curso de bacharelado que demora seis anos não atende o que as empresas de TI querem: um profissional com conhecimento técnico e formação rápida. 

- Hoje não se forma mão de obra suficiente para as empresas. Estudantes do 3º semestre de faculdade estão empregados. É difícil conseguir gente boa - atesta Thiarlei Macedo, diretor-executivo da Enttry Software, de Caxias.

Há 15 anos, a Enttry Software (antiga Guardian), está no mercado. O principal produto são programas para gerenciamento e controle de impressões. Com eles, o cliente consegue acompanhar tudo o que é impresso na rede e saber qual o gasto exato de cópias por setor - e até estipular cotas de quantas poderão ser feitas.

A companhia caxiense trabalha num software de biometria facial, que deve estar disponível em seis meses. A intenção é evitar fraudes no comércio e em instituições financeiras para aprovação de crédito, por exemplo, através de um programa que reconhece o rosto do cliente.

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