De meados dos anos 1970 até o início da década de 1990, a banda norte-americana Talking Heads foi uma das coisas mais interessantes da música pop. Liderada pelo irreverente e imprevisível David Byrne, as cabeças falantes surfaram na onda do pós-punk, anteciparam tendências como a new wave e o art rock, e acumularam sucessos, sendo que boa parte deles está no filme-concerto Stop Making Sense, que estreia nesta quinta, em versão remasterizada, na Sala de Cinema Ulysses Geremia.
Foi no auge da trajetória da banda nova-iorquina, em 1984, que Jonathan Demme (que só na década seguinte lançaria seus maiores sucessos, Philadelphia e O Silêncio dos Inocentes) emprestou seu olhar de diretor de cinema aos fãs que puderam assistir a uma performance do Talking Heads com rara riqueza de detalhes. A empolgação dos músicos e suas divertidas interações, não apenas entre si, mas também com os integrantes do grupo de apoio, com direito a backing vocals e percussão, estão entre os pontos altos de Stop Making Sense.
Com pouco menos de 1h30min de duração, o show capturado por Demme não deixa de fora nenhum dos hits que a banda já ostentava em seu catálogo na época. O hino dançante Psycho Killer ganha versão apenas em voz e violão, seguida da balada Heaven, em que a baixista Tina Weymouth se junta ao vocalista.
Nas faixas seguintes a banda vai se completando no palco, e o som ganha corpo enquanto o show esquenta com Slippery People, até incendiar, com o perdão do trocadilho, em Burning Down The House. Já na parte final, destaque para Take Me To The River, releitura do clássico do mestre da soul music Al Green.
O filme fica em cartaz até o próximo dia 8 de setembro, sessões sempre às 17h. Ingressos a R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Às quintas, todos pagam R$ 10.
PROGRAME-SE
O quê: “Stop Making Sense”, show-documentário da banda Talking Heads.
Quando: nesta quinta, às 17h.
Onde: Sala de Cinema Ulysses Geremia (Centro de Cultura Ordovás), em Caxias do Sul.
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada).