Indo contra o clichê de que não há nada para fazer em Caxias do Sul entre o final de um ano e o início de outro, pelo menos sete exposições podem ser conferidas em museus e galerias da cidade nestes primeiros dias de 2023.
Veja a seguir onde apreciar artes visuais e artes plásticas hoje e nos próximos dias.
Fé e compromisso
Uma coletânea de documentos, fotos, objetos e obras de arte ajuda a contar a trajetória dos freis Capuchinhos no Rio Grande do Sul desde a chegada dos primeiros frades a Garibaldi, em 1897. Intitulada "Capuchinhos 125 Anos: Presença, missão e carisma", a exposição aborda também a destacada atuação social dos frades franciscanos, em áreas como saúde, educação e agricultura, para além da missão religiosa. Pode ser conferida até o final de março, no Museu dos Capuchinhos (Rua General Mallet, 33, Rio Branco). Visitação de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min, e das 13h às 17h; e aos sábados ou à noite, mediante agendamento prévio.
Do consumo à arte
Segue até o dia 20 de janeiro, nas Sala de Exposições do Centro de Cultura Ordovás, a mostra "Transições", de Sandro Madalosso Pinto. Com recursos do design e da direção de arte publicitária, Sandro resgata e desconstrói peças de campanhas e editoriais que já percorreram jornais e revistas do mundo todo, fazendo nelas intervenções com o uso de lápis, aquarela, fotografia e arte digital, a fim de problematizar temas como a morte, sanidade, violência e o amor. Nesta semana, com horário reduzido, a visitação é das 9h às 16h. No sábado não haverá visitação.
Fragmentos do dia a dia
"Híbridos: Amálgamas de Ontem", de Gustavo Prata, reúne trabalhos instalativos de larga escala feitos com artigos de comunicação e posterior descarte, como jornais e embalagens, fragmentos do nosso dia a dia que, segundo o artista, "contém informações preciosas a respeito de quem somos, como nos portamos, pensamos e consumimos". Pode ser conferida na Galeria de Artes do Centro de Cultura Ordovás até o dia 22 de janeiro. Nesta semana, com horário reduzido, a visitação é das 9h às 16h. No sábado não haverá visitação.
Multiplicidade conceitual
Reunindo obras de 20 do catálogo do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), que em 2022 comemorou 30 anos, "Matéria difusa" apresenta obras de arte em diferentes linguagens, e que trazem diferentes percepções da realidade. São desenhos, fotografias, objetos e instalações que propõem uma reflexão sobre a natureza e o papel de uma coleção pública de arte contemporânea, sua multiplicidade de procedimentos e materiais e sua relação com os contextos políticos e sociais. Pode ser conferida na Galeria Municipal de Arte Gerd Bornheim, na Casa da Cultura, até 14 de janeiro. Visitação de segunda a sexta-feira, das 08 às 18h, e sábados, das 10h às 16h.
Reverenciar Vasco Prado
Foi prorrogada até o dia 31 de janeiro a 39ª Vitrine Conceito da Galeria Arte Quadros (Rua Feijó Júnior, 975 São Pelegrino), com obras do icônico artista plástico gaúcho Vasco Prado (1914-1998). A mostra contempla diversas das técnicas desenvolvidas pelo artista como esculturas e relevos, em materiais diversos, desenhos e gravuras, percorrendo também toda a trajetória artística do artista, da juventude ao ano de falecimento. A visitação é de segunda a sexta, das 9h às 12h e 13h30min às 19h, e sábados, das 9h às 12h.
Memórias de Juventino
O Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami abriga até o dia 3 de março a exposição "Passeando com a memória", de Juventino Dal Bó. A mostra transita pelas lembranças de infância e pelas memórias literárias do artista plástico e historiador natural de Bom Jesus e radicado em Caxias, que faz uso de fragmentos de objetos, peças obsoletas ou de descarte, para refletir sobre o efêmero e sobre a brevidade da vida. O artista utiliza uma técnica francesa conhecida como assemblagem, onde composições tridimensionais surgem a partir de objetos díspares encontrados em feiras de antiguidades, sebos, sótãos e porões esquecidos ou em casas abandonadas.
Máscaras de Arielson
Segue só até amanhã, no hall de entrada da Secretaria Municipal de Cultura, a exposição "Histórias que não se contam mais", com máscaras criadas por Arielson Colombo. Através desta tradição ancestral, o artista faz um resgate de lendas e mitos transmitidos oralmente através de gerações, mas que com o tempo foram sendo deixado para trás, inclusive dentro da cultura da imigração italiana. A visitação pode ser feita das 9h às 17h.