Entre as estreias desta semana nos cinemas de Caxias do Sul, está Babilônia, dirigido por Damien Chazelle, vencedor do Oscar por La La Land. Neste épico, de mais de três horas de duração — e com censura para 18 anos —, Chazelle aborda os excessos da era de ouro do cinema, tendo no elenco Brad Pitt e Margot Robbie.
Os chamados "loucos anos 1920", quando o mundo experimentava uma espécie de libertação das tristezas e das restrições, após a Primeira Guerra Mundial e a Gripe Espanhola, é o recorte histórico escolhido da trama em cartaz a partir desta quinta-feira (19), no GNC Cinemas e Cinépolis.
Babilônia, em certos aspectos, consegue ser efetivo: apresenta, com bastante competência, o contraste da indústria cinematográfica na virada para a década de 1930 e como uma legião de artistas da sétima arte, que estava no auge, acaba caindo em decadência — o desempenho vocal também passou a ser essencial para a sétima arte.
Assim, a jornada do personagem Jack Conrad (Pitt), a estrela mais bem-sucedida do seu estúdio na época, indo do auge até o seu ocaso, devido à perda de espaço para artistas vindos do teatro, é a parte mais interessante da obra. Muito disso se deve ao intérprete do mesmo, que reina como um astro há mais de 30 anos, conseguindo ter uma visão de dentro da máquina de Hollywood de atores que antes eram essenciais e, depois, foram meramente descartados.
Chuck da nova geração
Quem prefere o gênero terror tem como opção pra assistir a M3gan, filme dirigido por Gerard Johnstone. A melhor forma de explicar o filme em uma frase é que a personagem é uma espécie de Chuck da nova geração. A produção está em cartaz no GNC e Cinépolis.
No enredo, a protagonista Gemma (Allison Williams, de Corra!) é uma especialista em robótica que trabalha para uma empresa de brinquedos e desenvolve bonecos parecidos com o Furby. A inventora, no entanto, revela ter um plano ainda mais mirabolante. Ela quer desenvolver um robô com aparência humana e dotado de inteligência artificial. É aí que entra a M3gan (Model 3 Generative Android, ou Androide Gerador do 3º Modelo).
Entre sustos e risos
Da seara nacional, outra alternativa é Fervo, dirigido por Felipe Joffily, com roteiro de Thiago Gadelha, e elenco formado por Felipe Abib, Georgiana Góes, Renata Gaspar. O mote do filme, em cartaz no GNC, é a história de que três fantasmas ficam presos em uma casa e assombram cada novo morador com o intuito de terminarem sua missão na Terra para poderem passar para a próxima vida.
No entanto, quando um casal de arquitetos (Felipe Abib e Georgianna Goes) se mudam para o local e decidem reformar, revitalizando-o, eles acabam descobrindo que o casarão era o local de uma antiga casa de shows chamado Fervo e passam por uma série de bizarrices com os fantasmas interpretados por Rita Von Hunty, Gabriel Godoy e Renata Gaspar.
Opção pra gurizada
Aproveitando as férias da gurizada, a opção do GNC e Cinépolis é a animação Chef Jack, estreia do diretor mineiro Guilherme Fiuza Zenha na animação. Dublagem do protagonista é feita pelo também mineiro Danton Mello.
Jack é um chef de cozinha de bom coração, mas com uma pitada a mais do que o necessário de confiança. Ele é um dos prodígios da Culinária da Aventura, viajando por todos os cantos do planeta cozinhando e achando os ingredientes mais raros e finos para completar suas receitas.
Porém, sua vida doce azeda quando erra a mão em uma de suas receitas e sua reputação cai drasticamente. Para provar a todos que seu erro não lhe define, ele entra a competição de culinária chamada de Convergência de Sabores.
Quanto vale um sonho?
Como tem sido recorrente na Sala de Cinema Ulysses Geremia, do Centro de Cultura Ordovás, entra em cartaz mais uma produção francesa. Uma Mulher do Mundo, com roteiro e direção de Cécile Ducrocq, é exibido de quinta a domingo, às 19h30min. A obra foi exibida na 43ª Mostra Internacional de Cinema.
No filme, Marie é uma prostituta, mãe solo e participa ativamente do sindicato das profissionais do sexo. Quando seu filho, que ama cozinhar, é expulso da escola, ela o matricula em um renomado curso de culinária francesa, mas seu otimismo contagiante não é suficiente para pagar as mensalidades. Quanto Marie terá de sacrificar para que seu filho tenha oportunidades melhores do que as que ela teve?