Antes mesmo de subir ao palco para ser a primeira atração nacional da Festa Nacional da Uva, Dilsinho deixou claro o quão feliz estava por voltar a Caxias do Sul e estar retomando a agenda de shows por todo o Brasil. Em entrevista ao vivo para o programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, destacou a importância do momento vivenciado pelos músicos:
— Caxias do Sul sempre me recebe muito bem, desde o começo da carreira. É um recomeço para todos nós. Aos poucos, estamos voltando. O importante é a galera estar com saúde, segurança, e a música e o entretenimento são necessários. Muitas famílias precisam disso do show business para sustentar as suas famílias. Fico muito feliz por poder subir ao palco, depois desses dois anos. É um privilégio. Você que ainda não viu meu show, vai ser uma noite para ficar na memória. É um prazer estar com vocês em Caxias — contou Dilsinho.
A promessa foi cumprida. E a energia que vinha do palco, com Dilsinho e sua banda, logo transbordou pelo público. Quando subiu ao palco, às 23h04min, o cantor chamou os fãs para cantar um dos grandes sucessos da carreira, "Péssimo Negócio". Na sequência, emendou mais três músicas que também foram cantadas em coro pelo público: "Refém", "12 Horas", quando pela primeira vez atravessou o novo palco em formato de T, e "Trovão".
A sintonia entre o carioca e o público foi marcante durante todo o espetáculo. Sempre com o sorriso no rosto, Dilsinho foi disparando hits dos seus primeiros trabalhos e chegou a uma série de composições que ganharam as rádios e streamings nos últimos anos nas parcerias do pagodeiro com artistas de diferentes estilos, como Luiza Sonza, Henrique e Juliano, Thiaguinho e Atitude 67.
Logo depois, foi a vez do pagodeiro cantar sucessos do piseiro, ritmo que tem sido destaque nesses últimos meses. Para fechar essa lista, Dilsinho levantou o público ao cantar "Baby me atende", sucesso que tem ao lado de Matheus Fernandes. Além disso, fez questão de elogiar a própria banda e equipe de apoio, que mostravam o mesmo alto astral do
— Eu estou muito bem acompanhado, né? Eu sempre falo que eles precisam vibrar na mesma energia que eu — disse Dilsinho durante o show.
Outra surpresa veio com pouco mais de uma hora de show. O cantor chamou ao palco o compositor de alguns de seus sucessos, como "Refém" e "12 Horas". Pedro Felipe, já foi backing vocal do próprio Dilsinho, e hoje é empresariado pelo artista. A dupla fez um longo medley de sucessos do pagode e da música popular brasileira, em diferentes ritmos. Teve Exaltasamba, Sorriso Maroto, Belo, Os Travessos, Banda Eva, LS Jack, Natiruts, e muito mais. Pedro e Dilsinho ainda cantaram juntos a música "Dormindo no Sofá", um dos lançamentos daquele que é considerado uma nova aposta do pagode romântico.
Voltando ao principal astro da noite, ainda teve tempo de Dilsinho apresentar o projeto Garrafas e Bocas, lançado no final de 2021, com os já sucessos "Porre" e "Pódio", que tem a parceria de Jorge e Matheus.
Na reta final do show, ainda teve a nova música "Mensagem apagada", que faz parte do projeto Juntos, de Dilsinho e Sorriso Maroto, e outros dois grandes sucessos da parceria do cantor com o grupo: "50 vezes" e "Pouco a Pouco", que fechou a primeira parte do show.
No bis, além de um agradecimento para Caxias do Sul e todos os fãs, que denominou como diferenciados, Dilsinho voltou a cantar "Baby me Atende", com direito a coreografia dos músicos da banda e um final com o público em êxtase, às 1h08min de sábado.
— Nem parece um show de pagode, é quase um show de rock por essa energia. Um espetáculo sensacional — disse o músico Guilherme Mecca na saída dos Pavilhões.
Acessos e protocolos sanitários
Sem filas, tanto para a chegada quanto para a saída do show, a movimentação no parque transcorreu de forma tranquila durante a noite e madrugada de sexta-feira (18).Desde o acesso aos Pavilhões da Festa da Uva, ficou clara a preocupação sanitária com o evento, a começar pela necessidade de apresentação da carteira com esquema vacinal completo nas catracas, antes da apresentação do ingresso. Apesar de o uso de máscaras dentro do parque ser obrigatório, nem todos que circulavam pelo local até o Espaço Multicultural utilizavam a peça de proteção. Já durante o show, apenas uma pequena minoria utilizava máscaras.