21 de setembro é dia de lembrar as árvores. A data foi escolhida em razão da proximidade com o início da primavera no Hemisfério Sul, que começa em 22 de setembro. Ela foi criada para conscientizar sobre a importância da preservação desse bem natural.
Para celebrar, selecionamos dez canções nativistas gaúchas que fazem referência às árvores. Entre as plantas homenageadas pelos artistas do Rio Grandes do Sul, figueira, ipê, araucária, pau ferro e tarumã. Confira:
1. Joca Martins — A Sombra de uma figueira
A sombra fresca da figueira velha
Se estende longe em frente das casas
Como a clamar a que os campeiros
Se acheguem cedo pra desencilhada
2. Quando o verso vem pras casa — Luiz Marenco
A calma do tarumã ganhou sombra mais copada
Pela várzea espichada, com o sol da tarde caindo
3. Volver en guitarra — Os Serranos
Que se transforme numa árvore minha alma inteira
Para que em dias calorosos de verão
Em minha sombra que descansem meus amigos
Que faça abrigo e se proteja quem bem queira
4. Gaúcho da Fronteira — Pantanal
Na copava das árvores altas ronca grosso o bugio namorando
E na costa do verde Bonito, capivara e veado pastando
5. Pau ferro — Pedro Ortaça
No chão da vida, nos caraguatás
Ficou a verdade
Eu desenraízo quando bate o vento
Da tua saudade
6. Sombra do arvoredo — Teixeirinha
Na sombra do arvoredo
Eu descansava um pouquinho
Do alto da laranjeira
Cantava o passarinho
Cantava por despedida
Da onde fez o seu ninho
O vento também chorava
Balanciando o galinho
7. Pétalas de ipê — Wilson Paim
Todo ano em setembro
Desde criança eu me lembro
Esplendorosos Ipês
Ipê roxo, amarelo
Até o branco mais singelo
8. Joca Martins — Semente de luz
Um dia desses, com meu pai, plantei sementes
De frutas boas, de querer e mansidão
Galhos abertos, foram ao tempo, dando sombra
A um tempo moço que encantou-me o coração
9. Onde anda meu amor - Tchê Guri
Sem a cor do teu amor andarei pelas taperas
O verão não terá flor se faltar a primavera
O amanhã não existe onde há árvore desnuda
Onde vão nascer as flores dos poemas de Neruda
Da cordilheira ao deserto as flores nascem por si
Vou te ver, meu amor, espere por mim
10. Herdeiro do Contestado — Elton Saldanha
Quando vejo uma araucária, solita no descampado
Vejo meu avô tropeiro de sombreiro bem tapeado