Vênus está em Câncer até 27 de junho e logo mais será acompanhada pelo Sol no mesmo signo, no dia 21. Esta pode ser uma boa temporada para colocar em dia a organização das memórias de família, sejam as fotos, as louças ou os trajes que marcaram época. Tudo o que remete a afeto e cuidado dialoga com esses arquétipos. Independentemente de curtir (ou não) astrologia, o cuidado com as imagens parece ser uma pauta coletiva nesses tempos em que se produz tantas fotografias, mas se conta com arquivos muitas vezes vulneráveis, em geral, equipamentos de vida curta como celulares e computadores que levam com eles boa parte dos registros.
Colocar uma ordem nas memórias da casa também tem sido atribuição da personal organizer Josilene Maria Martins. Muitos dos projetos que assume começam pela arrumação do closet, do quarto do bebê ou da cozinha e despensa de alimentos, mas à medida que a lógica da organização se estabelece, acervos íntimos demandam cuidados, em geral mais meticulosos, mas não impossíveis.
Josi afirma que um primeiro procedimento, que costuma ocorrer com a organização do home office, é a etiquetagem dos pen drives, um movimento básico que já faz a diferença. Alguns clientes optam, ainda, pela organização de álbuns digitais, a partir do envio de links. Manter cópias de segurança salvas na nuvem é interessante, mas Josi recomenda, especialmente, a seleção e impressão de fotos importantes, que permitirá reviver as memórias em momentos pontuais, como nos velhos tempos.
— Sentir o papel fotográfico nas mãos faz parte da experiência que está se perdendo. É especialmente recomendável para viagens ou festas especiais ter álbuns impressos. Cerca de 40 fotos de cada uma dessas situações é suficiente — afirma.
O exercício de escolher, que para alguns pode ser angustiante, é vital para que não se caia no paradoxo de guardar tudo e não acessar nada. Em todo caso, Josi frisa que toda memória precisa estar disponível em mais de um local, para não correr riscos.
O atendimento de uma personal organizer passa, ainda, pela valorização de peças colecionáveis, envolvendo do polimento da prataria até a sugestão de móveis específicos para manter coleções preservadas e, ao mesmo tempo, sob os olhos. Entre esses desafios está o de arrumar a cristaleira, valorizando as louças de família e as de uso cotidiano. Segundo Josi, embora frágeis, as louças que “contam histórias” merecem estar organizadas de forma a comporem com alguma praticidade uma mesa especial, sempre que desejado.