Neste final de semana, Caxias voltou a respirar samba, o ritmo que é sinônimo de Brasil. O abre-alas se deu na sexta-feira, com a festa O Carnaval é Logo Ali, na UAB Cultural. O pré-carnaval, organizado pelo Bloco da Ovelha, terá mais duas edições até o fim do ano. E no domingo pela manhã, 6 mil pessoas curtiram e dançaram ao som da Orquestra Sinfônica da UCS, no 13º Concerto da Primavera.
No discurso de abertura, o reitor da UCS, Evaldo Antonio Kuiava, reforçou os pontos que julga serem importantes e que definem a instituição:
– Produzimos ciência, tecnologia, mas arte e cultura acima de tudo.
O roteiro do concerto, assinado por Germano Weirich, deu conta de pontuar o samba no curso da história da música no Brasil. Em mais uma oportunidade, a orquestra mostra sua versatilidade e na bela escola também dos solistas. Com destaque não apenas para a cantora Bruna Balbinot e para a superbanda porto-alegrense, Luastral, mas também para os bailarinos Giovani Monteiro, Kamila Perotti e Caroline Zini.
Dois pontos altos do concerto: Tiro ao Álvaro, de Adoniran Barbosa e Osvaldo Molles, cuja abertura ficou por conta de uma linha de violoncelo, flertando com a melancolia, que na essência é um dos charmes do samba; e Coisinha do Pai, de Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos, imortalizada por Beth Carvalho, que pôs a plateia toda para sambar.
– Ah, agora sim vocês me deixam mais feliz, tava ficando depressiva vendo vocês sentados – brincou Bruna.
Para quem pensa que o carnaval e o samba não merecem espaço em Caxias, dois eventos realizados neste final de semana provam que as celebrações populares também querem seu espaço. Não por acaso, a permanência do desfile das escolas de samba do Carnaval de Caxias foi uma das sugestões apontadas pela Conferência Municipal de Cultura, realizada no sábado.