Muitas foram as apostas televisivas que deslumbraram os seriólicos em 2018. Da sátira política de Who is America ao suspense de Homecoming, com a atriz Julia Roberts, uma enxurrada de novas séries estreou nos canais da TV por assinatura e nos serviços de streaming mais populares como a Netflix e a Amazon Prime.
Ficou difícil saber qual série merece o tempo gasto em frente à telinha. Por isso, confira as cinco melhores estreias que marcaram o ano na televisão (ou que surpreenderam o público de alguma forma):
THE TERROR (AMC)
The Terror acompanha a sobrevivência de uma tripulação após o navio que ocupam ficar preso. O frio vivido pelos personagens é reproduzido pela produção em termos estéticos e pela trilha sonora latente. Diferente das demais da lista, The Terror começa arrastada, mas conquista com o decorrer da temporada.
WHO IS AMERICA (Showtime)
Sacha Baron Cohen é conhecido por superar qualquer barreira imaginável do humor (seu personagem mais popular é Borat). No entanto, é com Who is America que Cohen alcança o auge, expondo a ignorância de representantes políticos e de parte da população norte-americana. Cohen criou seis personagens para circular como entrevistador e conseguir arrancar declarações e situações inimagináveis. É constrangedor, triste, mas (infelizmente) genial. Fica até difícil imaginar se Cohen ainda terá uma carreira, considerando que (supostamente) não há como ir além do que foi exposto em Who is America.
KILLING EVE (BBC America)
A série britânica tem como protagonista Eve (Sandra Oh), contratada para identificar uma assassina irrastreável (Villanelle) suspeita de série de mortes de autoridades em países europeus. O enredo soa genérico, porém, trata-se de uma série bem escrita e que trabalha muito bem a relação e a obsessão de Eve com Villanelle. E o melhor: são apenas oito episódios.
HOMECOMING (Amazon Prime)
Dirigida por Sam Esmail, mesmo criador da premiada série Mr. Robot, Homecoming apresenta um roteiro maduro e estética mais elegante do que a própria série que deu fama a Esmail. O enredo aborda o misterioso passado da assistente social Heidi Bergman (Julia Roberts), que esconde detalhes de sua participação em um projeto secreto de atendimento a veteranos de guerra. A trama se desenvolve de modo envolvente, embora derrape nos últimos episódios. Ainda assim, a atmosfera de thriller de espionagem da década de 70 é irresistível no seu todo.
A MALDIÇÃO DA RESIDÊNCIA HILL
The Haunting of Hill House (Netflix)
A série aborda a vida da família Crain e os impactos causados por experiências traumáticas vividas na residência Hill. Terror sutil, bem conduzido e atuado, chamou a atenção tanto pela atmosfera de suspense, quanto pela densidade do drama familiar. O último episódio não faz jus ao conjunto, mas é um dos grandes destaques deste ano.