Por mais que nos cuidemos, por mais que nos policiemos, por mais que tentemos reger nossos gestos, ações e palavras, jamais estaremos de todo blindados contra a possibilidade de, quando menos esperamos, cometer uma gafe. A gafe sempre vem para deslustrar nossa imagem, para fazer ruir por terra o castelo da convivência graciosa que tão arduamente nos esforçamos em erigir dia após dia; tijolo por tijolo de sutilezas amalgamados uns sobre os outros, na tentativa de fundearmos sobre as areias do convívio a sólida pirâmide da elegância que acaba naufragando de vez nessa mesma areia que se revela, por fim, ser movediça, ao sabor dos arroubos imprevisíveis do desastre, que sempre está à espreita.
Opinião
Marcos Kirst: uma gafe à espreita
Ela vem para deslustrar a imagem e fazer ruir por terra o castelo da convivência
Marcos Kirst
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