Tem alguma mágica neste espaço-acontecimento que se chama karaokê. Não sei explicar direito, mas é algo que aproxima as pessoas. Algo que acontece já na expectativa e que se concretiza bizarramente durante o evento. Talvez, mesmo por algum tipo de repulsa as pessoas se divirtam. E é engraçado que, apesar de práticas um tanto distintas, as pessoas se conectem da mesma forma ao redor do mundo. Eu sou uma grande entusiasta do karaokê. Canto muito aqui em Caxias, no tradicional Casarão, mas já cantei no Babilônia, em Porto Alegre, em algumas praias do sul, depois, aleatoriamente, em São Paulo, Rio de Janeiro (a feira de São Cristóvão é o melhor lugar, salvo engano), Paris, Londres e até na China. Já cantei em salas públicas, naquelas privadas, em "aquários", com microfone compartilhado, com um microfone para cada participante, paramentada com itens de higiene.
Opinião
Natalia Borges Polesso: Karaokê
Absolutamente todos têm um música para soltar todos os demônios em forma de berros e caretas de sofrimento e sublimação
Natalia Borges Polesso
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