É para espantar de vez qualquer mau olhado! A edição comemorativa de 10 anos do Mississippi Delta Blues Festival, em Caxias do Sul, ganhou temática tão poderosa quanto as próprias atrações que desfilam pela cidade a cada novembro que chega. Desta vez, Toyo Bagoso e a designer Ana Langone chegaram ao tema da mojo hand, depois de uma pesquisa bem atenta sobre cultura africana.
Trata-se de uma espécie de amuleto que tem um sentido mágico e protetor para quem o possui. Também conhecida como sack, wanga, wanger e oanga, a mojo hand pode ser representada por vários elementos, entre eles raízes, ervas, pedras, pequenos ossos de animais e até fios de cabelo.
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– Seguindo a mesma intenção das árvores de garrafas (Bottle Trees) da edição passada, em manter distância dos maus espíritos, vivos ou mortos, os amuletos foram os escolhidos para representar o marco histórico de completar 10 anos de existência – explica Toyo Bagoso, que comanda o MDBF desde a primeira edição.
Para quem gosta de blues, "mojo" não é uma palavra assim tão desconhecida, já que inspirou clássicos como Got My Mojo Working, de Muddy Waters, e Mojo Hand, de Lightnin Hopkins.
Como forma de celebrar a trajetória do festival, a arte do cartaz deste ano traz ainda os nomes de todas as atrações internacionais que fizeram parte de cada edição.
O MDBF 2017 ocorre em 23, 24 e 25 de novembro, na antiga Estação Férrea de Caxias do Sul.
MDBF
3por4: Mojo hand será tema do Mississippi Delta Blues Festival
Edição 2017 comemora os 10 anos da programação caxiense
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