A faxineira Lourdes Chaves dos Santos, 47 anos, sente uma emoção muito grande quando vê Amado Batista subir no palco. Neste domingo, era irá assisti-lo sozinha, nos Pavilhões, em Caxias do Sul, e será a terceira vez que verá o ídolo frente a frente.
– Só sei que é uma loucura quando ele entra no palco – relata.
Desta vez, a ansiedade foi potencializada por causa da cirurgia que ela fez no joelho, em março. O desejo de Lourdes era estar recuperada até o dia 22, mas não tinha certeza que, de fato, conseguiria. Com o restabelecimento da saúde, foi prontamente adquirir o ingresso e, sem encontrar companhia, resolveu ir mesmo assim.
– Da outra vez comprei até camiseta, que coloco às vezes só para matar a saudade – lembra.
Já o metalúrgico Flávio Antônio Boeno, 57 anos, costuma ligar para emissoras de rádio locais para oferecer a música Princesa para a mulher, Neusa da Silva Boeno, 57, com quem é casado há 37 anos. A canção, gravada pelo cantor há 25 anos, é um símbolo de tudo o que ele representa para os fãs: romantismo e simplicidade, com um quê de vida real.
Não é difícil encontrar admiradores de todas as idades e, embora nem todos guardem objetos ou frequentem shows – o último em Caxias foi em março de 2014 –, seguem interessados pela possibilidade de um amor.
Esse sentimento permeia o trabalho de quase quatro décadas do músico, em diferentes abordagens. Ele aparece em referência ao próximo, como na canção Amigo, faz menção ao enamoramento no trabalho ou por quem vive longe, como em Secretária e Aeromoça, rende-se aos novos tempos e ao amor virtual, como em Amado@.com, versa sobre a finitude do amor, como em Estou Só e Amor Perfeito, e, claro, explora o amor idealizado, como na trilha sonora que serve para Boeno homenagear a companheira, com quem tem dois filhos.
– Ele é o tipo de cantor que não se vê muito hoje em dia. Ele nunca saiu da mídia, não importa a época ou o estilo que estejam fazendo sucesso, ele se mantém em alta. Gosto porque as músicas dele sempre têm uma história, meio que real – diz.
Os filhos não compartilham o gosto musical do pai, que se considera eclético:
– Gosto de outras músicas também, como sertanejas, gaúchas e até samba. Mas, no pen drive, tenho uma pasta só de Amado Batista e outra com canções diversas. Só que, às vezes, toca uma do Mano Lima e, na sequência, já vem o Amado. Digo aos meus filhos que eles não sabem o que é música boa! – relata Boeira.
Programe-se
:: O que: show do Amado Batista
:: Quando: domingo, dia 22, às 20h30min
:: Onde: pavilhões da Festa da Uva
:: Quanto: R$ 25 (pista _ 2º lote), R$ 60 (cadeiras), R$ 600 (mesa silver, para quatro pessoas), R$ 800 (mesa gold, para quatro pessoas) e R$ 1 mil (mesa platinum, para quatro pessoas), à venda na Casten Kids, Zanetti Materiais Elétricos, Super O Vantajão, SER Randon, Magazine Luiza de Caxias, Bento, Farroupilha e Flores da Cunha e pelo site www.blueticket.com.br. Sócios do Clube do Assinante Pioneiro têm 20% nos ingressos de cadeira e pista.
:: Informações: (54)3028.2200
O bem Amado
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Tríssia Ordovás Sartori
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