Os 50 anos do Golpe Militar serão lembrados nesta quinta-feira, no Teatro Murialdo, em Caxias, pela banda Som do Coração, formada por professores da escola. O show beneficente Tributo à MPB traz no repertório canções de cunho político ou engajadas.
- Vamos tocar Caetano Veloso, Milton Nascimento, Chico Buarque e, claro, Geraldo Vandré, com o clássico Pra não Dizer que não Falei de Flores - afirma o professor e vocalista Edinho Leite.
Ele dividirá o palco com Rinaldo (voz), José Leandro (voz), Tibério (contrabaixo), Peninha (teclado), André (bateria), Moroni (percussão) e as backing vocals Gabriela e Luiza.
A professora de História do Brasil na graduação e mestrado da UCS Eliana Gasparini Xerri explica que, durante a repressão, as músicas tornam-se uma forma de resistência. Segundo ela, o Brasil vinha de um grande período de abertura democrática e foi surpreendido pelo golpe.
O jornalista e crítico musical Márcio Pinheiro lembra que o período pré-ditadura marcou um renascimento das artes no Brasil, seja pelo advento da bossa nova ou pelo cinema novo. Foi nesse período que surgiram Vinicius de Moraes, Tom Jobim e João Gilberto na primeira fase, bem como Nara Leão, Carlos Lyra, Roberto Menescal e João Donato na segunda onda.
- O golpe quebrou isso. Muitos artistas surgiram nos festivais, que eram uma válvula de escape - afirma Pinheiro, destacando que no início, entre os anos 1964 e 1968, a ditadura era mais branda.
PROGRAME-SE
:: O que: Tributo à Música Popular Brasileira, pela banda Som do Coração
:: Quando: quinta-feira, às 20h
:: Onde: Teatro Murialdo (Rua Flores da Cunha, 1.740 - Centro)
:: Quanto: ingressos a RS 15, à venda na Livraria Sempre Ler (Rua Marcos Moreschi, 68 - Fone: 3221.2690) ou com a comissão organizadora
:: Informações: (54) 3221.2890, com Bernardete Chiesa
Homenagem
Banda Som do Coração faz tributo à MPB nesta quinta, em Caxias
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Tríssia Ordovás Sartori
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