O bailarino recifense Jorge Kildery trabalhou por pouco mais de um ano na Cia Municipal de Dança. Durante a sua estadia em Caxias, teve um projeto aprovado pelo Financiarte. Nesta quinta-feira ele estreia o espetáculo solo Elégùn, resultado da proposta. A apresentação será realizada de quinta a domingo, sempre às 19h, na Sala de Teatro Professor Valentim Lazzarotto, no Centro de Cultura Ordovás.
A pesquisa de Elégùn, entretanto, foi iniciada ainda em 2009. A proposta era falar sobre os estados de transe de quem incorpora entidades do candomblé, mas não com enfoque no ritual. Em 2013, a pesquisa ganhou a visão do coreógrafo Giordani de Souza (Kiran). A partir de então, o transe saiu do universo do candomblé para se expandir a outros tipos de estado alterado.
- Chegamos até o transe da vida. A gente incorpora cultura, costume, valor, e vivemos um transe a cada dia, a cada relação - reflete Kildery.
O bailarino frisa que o espetáculo não está mais relacionado à religiosidade. O transe é acessado por vários estados corporais trabalhados durante o espetáculo. Apesar do psicológico do bailarino estar alterado, todos as figuras são trabalhadas no plano físico.
Além das apresentações, cujos ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (estudante e idoso), Kildery realiza a oficina Construção do Corpo Elégùn na manhã de sexta-feira, das 9h às 12h, na qual ele abre o processo de criação da obra. Os participantes poderão vivenciar as dinâmicas, a percepção de estados corporais e os improvisos dirigidos que o intérprete experimentou ao longo da montagem. A aula é gratuita, aberta ao público e ocorre também na Sala de Teatro Professor Valentim Lazzarotto.
Transe físico
Bailarino Jorge Kildery estreia o espetáculo 'Elégùn' nesta quinta em Caxias
Apresentações de dança contemporânea ocorrem até domingo
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