Com apoio do Ibravin, a revista Almanaque promoveu uma degustação às cegas de suco de uva para mostrar a diversidade de produtos que o consumidor tem hoje à disposição. Ao todo, foram avaliadas 15 amostras da bebida, divididas em quatro categorias: quatro brancos, cinco tintos, dois rosés e quatro tintos orgânicos, todos eles produzidos 100% com uvas. De acordo com dados do Ibravin, em 2012 foram consumidos 50 milhões de litros de suco de uva produzidos pelas vinícolas participantes do projeto Suco de Uva 100% Brasil.
O time de degustadores foi formado pela professora e pesquisadora da bebida Caroline Dani, pelo jornalista, sommelier e titular da coluna Enoteca, Maurício Roloff, pela nutricionista da Secretaria Municipal da Educação (Smed) Patrícia Saccaro Turella, por Gema Dal Cero, integrante do grupo de filó Felice Persone, da Forqueta, e pelo jornalista e editor da revista, Diego Adami.
Cada amostra foi avaliada em três quesitos (visual, aroma e sabor), cada um deles dividido em dois subquesitos. Na parte visual, foram analisadas a cor e a limpidez do líquido. No quesito aroma, os degustadores registraram impressões quanto à qualidade e a tipicidade do cheiro. Aqui, o objetivo era avaliar o quanto os aromas se aproximavam da fruta in natura. Em relação ao sabor, as amostras receberam notas de acordo com o equilíbrio entre acidez e doçura e com a qualidade. Por fim, cada um dos sucos recebeu uma nota geral. A pontuação máxima poderia chegar a 40.
- Nem sempre os mais "limpinhos" e convidativos na taça são os mais gostosos. Para o consumidor final, tem que ser gostoso. Pouco importa os cortes de uva que foram usados - avaliou Roloff.
Segundo Patrícia, que trabalha diariamente com o público infantil, ainda há uma certa resistência em convencer as crianças a, ao menos, provarem o suco, principalmente em relação ao de uva branca. Opinião compartilhada por Gema.
- A criança não associa o branco com suco de uva - disse Patrícia.
As duas amostras de rosés foram as mais elogiadas pela harmonia entre os três quesitos. Novidade no mercado - a produção em larga escala na Serra começou no início do ano -, o suco rosé chama atenção pela refrescância. Os orgânicos também se destacaram pela homogeneidade entre as amostras, diferentemente dos tintos convencionais, nos quais as diferenças são gritantes até mesmo no aspecto visual.
- No início, os orgânicos eram mais turvos. Hoje, são mais límpidos. Evoluiu muito - avalia Caroline.
A pesquisadora dá algumas dicas:
- Evitar néctar ou bebida que não é suco. É importante não ser adoçado porque a sacarose faz com que se percam benefícios. E o sabor tem que lembrar a uva que deu origem.
Confira o resultado da degustação:
Gole de saúde
Degustação de sucos de uva produzidos na Serra gaúcha avalia qualidade da bebida
Revista Almanaque realizou teste às cegas em parceria com o Instituto Brasileiro do Vinho
Diego Adami
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