O jornalista mineiro Lucas Figueiredo lança o seu novo livro, Boa Ventura!, nesta quarta, em Caxias do Sul. A publicação fala sobre a corrida do ouro no Brasil colonial do século 18, entre os anos de 1967 e 1910. Jornalista reconhecido, Figueiredo já recebeu prêmios como o Esso, Jabuti, Vladimir Herzog e Imprensa Embratel.
Confira trechos da entrevista concedida ao Pioneiro.
Pioneiro: Como foi o processo de construção de 'Boa Ventura!'?
Lucas Figueiredo: O livro começou com o desafio de descobrir onde foram parar as toneladas de ouro que saíram do Brasil no século 18. Para responder a essa pergunta, viajei a Portugal, à França, à Inglaterra, ao Benin (África) e rodei o Brasil.
Pioneiro: Muitos livros de história do Brasil estão nas listas dos mais vendidos. Como você vê este fenômeno, muito difundido por Laurentino Gomes?
Figueiredo: Há décadas se produz no Brasil livros de história de qualidade e acessíveis a um público não especializado. Só para citar alguns exemplos, antes de Laurentino tivemos Eduardo Bueno, Fernando Morais, Júnia Furtado, Carla Anastasia e Roberto Pompeu de Toledo. O fenômeno não é a produção de livros de história, mas sim o grande interesse que esses livros têm despertado.
Pioneiro: E o porquê deste interesse?
Figueiredo: Acredito que isso se dá porque o Brasil está mais maduro, superando problemas crônicos. Buscamos agora saber de onde viemos e para onde vamos. Antes, só tínhamos condição de olhar para o agora, sempre dramático.
Pioneiro: O teu blog (lfigueiredo.wordpress.com) é uma ferramenta de interação com teus leitores?
Figueiredo: Ultimamente tenho escrito pouco porque estou trabalhando full time no meu próximo livro. Estou metido até o pescoço com um período histórico dramático do Brasil, a ditadura, mais especificamente a Guerrilha do Araguaia, quando 69 homens e mulheres acreditaram que poderiam lutar e vencer as Forças Armadas Brasileiras.
Pioneiro: Participarás de um bate-papo na Feira do Livro. Gostas deste tipo de encontro?
Figueiredo: Adoro. O encontro do autor com o público, a discussão sobre a obra, falar e ouvir são o melhor momento da produção de um livro. Adoro o Rio Grande do Sul, uma terra que valoriza a leitura e a história. Já fui a eventos literários em Porto Alegre e Passo Fundo e agora estou ansioso para ver como será em Caxias do Sul.
PROGRAME-SE
O que: bate-papo com Lucas Figueiredo com mediação do escritor Marcos Kirst
Quando: dia 3, às 18h, no Auditório
Quanto: entrada franca
