
Há 70 anos, uma “novidade” prometia regular de vez o trânsito de Caxias. Falamos da primeira sinaleira automática da cidade, inaugurada em 1 de setembro de 1951, no cruzamento da Av. Júlio de Castilhos com a Rua Visconde de Pelotas.
Resultado de uma parceria entre a Delegacia de Polícia, a Delegacia de Trânsito de Porto Alegre e a prefeitura de Caxias, com apoio da Rádio Caxias e do matutino Diário do Nordeste, a instalação ganhou cerimônia solene, marcando o início de um extenso plano de melhorias para o tráfego de veículos e pedestres.
Para uma plateia de centenas de curiosos, discursaram o coronel Arcy da Rocha Nóbrega, os delegados locais Pedro Tassis Gonzales e Modesto Dias dos Santos, e o secretário municipal Guilherme do Valle Töenigges - coube a ele acionar a caixa que regulava os sinais automáticos dos quatro aparelhos colocados no cruzamento.
Matéria do jornal Diário do Nordeste de 2 de setembro de 1951 destacou:
“Já nas primeiras horas de sua inauguração pode-se apreciar a utilidade desses aparelhos na regulação do tráfego central. Em breve prazo, e de acordo com o programa estabelecido com a Diretoria de Trânsito do Estado, outros aparelhos semelhantes serão instalados nas esquinas de maior movimento”.
Assim foi. Pouco depois, chegaram as sinaleiras dos cruzamentos da Av. Júlio de Castilhos com as ruas Dr. Montaury e Marquês do Herval, e da Rua Sinimbu, também com a Montaury e a Marquês (conforme vemos na foto abaixo). Na sequência, as reproduções das imagens publicadas no jornal Diário do Nordeste de 2 de setembro de 1951 e as legendas originais da época. Já na foto que abre a matéria, vemos o movimentado cruzamento da Júlio com a Visconde em meados de 1957.
Detalhe 1: vê-se na foto a construção do Edifício Prataviera (atual Prataviera Shopping) e o casarão da esquina que abrigou a primeira sede da Casa Prataviera (atual Farmácia Panvel). Ali também funcionou o consultório do Dr. Virvi Ramos e a Gráfica e Tipografia Mendes.
Detalhe 2: à esquerda, defronte ao Edifício Orestes Manfro, vemos o ônibus do Expresso Galópolis, pertencente a família Canuto, que fazia o trajeto Centro-distrito.






Faixas e guardas
Juntamente com a instalação das sinaleiras automáticas e dos postes, foram pintadas faixas de segurança para os pedestres. Conforme reportagem da época, “dois guardas civis serão incumbidos da fiscalização efetiva do cumprimento das determinações do tráfego, tanto para pedestres como para os motoristas”.