A má fama de agosto, o chamado “mês do desgosto”, costuma estar relacionada a uma série de acontecimentos trágicos, em especial nas esferas política e social (leia abaixo). Um dos fatos mais lembrados, logicamente, é o suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.
Foi cerca de seis meses depois de o presidente passar por Caxias do Sul para uma intensa agenda alusiva à Festa da Uva. No dia 27 de fevereiro de 1954, Vargas inaugurou o novíssimo Pavilhão da Exposição, na Rua Alfredo Chaves, e participou do banquete especial oferecido pela prefeitura e pela comissão da Festa da Uva no Real Hotel. Houve espaço também para uma visita à Metalúrgica Abramo Eberle, onde o político foi ciceroneado pelo empresário Júlio João Eberle (foto acima).
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REPOUSO NA CHÁCARA
Após toda essa programação, Vargas refugiou-se na lendária chácara do empresário Júlio Ungaretti, na Rua Os Dezoito do Forte, onde o chefe de sua guarda pessoal, Gregório Fortunato, foi o único a dormir na mansão, em uma cama improvisada no vestíbulo próximo ao quarto - o restante da segurança acomodou-se nos aposentos dos empregados, nos fundos do terreno.
Um relicário para Lucia Carbone: a chácara das famílias Ungaretti e Triches
Getúlio Vargas e o inseparável guardião Gregório Fortunato
No dia seguinte, 28 de fevereiro de 1954, Vargas inaugurou o Monumento Nacional ao Imigrante e conferiu o desfile pela Av. Júlio de Castilhos, retornando imediatamente ao Rio de Janeiro.
Mau agouro
:: 2 de agosto de 1934: Adolf Hitler assume como o führer da Alemanha.
:: 6 e 9 de agosto de 1945: bombas atingem as cidades de Hiroshima e Nagazaki, no Japão.
:: 24 de agosto de 1954: Getúlio Vargas suicida-se com um tiro no peito.
:: 25 de agosto de 1961: Jânio Quadros renuncia à presidência.
:: 22 de agosto de 1976: Juscelino Kubitschek morre em um acidente de carro.
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