A Comunidade São Marcos da Linha Feijó surgiu com a colonização italiana e principalmente através da doação do terreno à Igreja pelos irmãos Rossatto, em junho de 1890. Imediatamente se iniciaram as obras de construção com pedras e telhas. Em janeiro de 1901 chegaram os três sinos de Bassano, estes adquiridos na Itália, vindos de navio até Porto Alegre e conduzidos de carreta até a comunidade. Os sinos foram batizados em 13 de fevereiro de 1901, pelo Vigário Padre Antônio Pértile, com os nomes: Maria, Angélica e Ana.
Em 1923, foram iniciados os trabalhos de construção da nova torre de pedras, com o último andar de tijolos, cujo material era trazido do centro por carretas puxadas com juntas de animais. Por volta de 1947, a queda de um raio abalou as estruturas da Igreja, rachando os muros na parte central. Porém, em 1949, uma nova construção foi traçada e, como recordação, foi fixada uma garrafa com dados da fundação em um pilar do muro, à direita da entrada da igreja.
Em 1950, a comunidade recebeu a visita do ex-presidente Getúlio Vargas. Além disso, foi cenário das gravações do filme O caso do Martelo, do escritor José Clemente Pozenato, nos dias 8, 9, 10 e 14 de maio de 1991.
Entre fins e recomeços
Em 23 de fevereiro de 1992 foi construído um ginásio de esportes para a comunidade, logo atrás da igreja. Iniciadas as obras e construída parte do salão, em dezembro de 1993 um vendaval atingiu a cidade e destruiu a estrutura, sendo a cobertura jogada sobre a igreja e a torre e os muros desabados sobre a laje. Novamente, a construção foi reerguida.
Em 21 de outubro de 2007 foi inaugurada a restauração da igreja e torre de São Marcos da Linha Feijó, juntamente com a cultural festa de Nossa Senhora do Rosário, após seus 117 anos de fundação, 116 anos da vinda dos sinos ao Brasil e 80 anos da construção da torre.
A comunidade comemorou, ontem, terça-feira, o dia Padroeiro de São Marcos, participando de uma apresentação interativa da História Completa da Comunidade.
A origem de outra comunidade
Em 1888, logo no início da organização para a construção da igreja, o artesão Nane Lora, imigrante vindo de Valdagno, ofereceu-se para construir uma igreja de madeira igual à de sua terra natal que ele ajudara a construir, porém, a decisão dos participantes da reunião foi pela construção de uma igreja de pedra.
Então, Nane Lora convenceu a comunidade vizinha, atual Conceição da Linha Feijó, a organizar-se para a construção de uma igreja de madeira. Na época, Eduardo de Azevedo de Souza doou um terreno para que fosse construída a igreja, uma praça e uma escola. Em homenagem a este bem feitor, a comunidade ficou conhecida como Eduardina.