O resultado acabou sendo o esperado antes da bola rolar. Mas, diante do que se viu na noite deste domingo, no Alfredo Jaconi, é possível tirar um rescaldo com pontos negativos e positivos da derrota para o Palmeiras.
Primeiro de tudo, foi um grande jogo. Oito gols, equipes com propostas diferentes, resiliência e poder de reação. O que prevaleceu? A qualidade. Estêvão é daquelas jóias raras do futebol. Logo estará como protagonista na Europa e na Seleção — se o técnico não o achar muito jovem para ter essa responsabilidade.
Raphael Veiga voltou a apresentar o melhor do seu futebol e conduz um meio-campo que ainda tem o talento de Felipe Anderson e a capacidade de combate de Anibal Moreno e Richard Ríos.
Ao Juventude, olhando o copo cheio, vale destacar a entrega, a disposição e a boa apresentação de algumas peças, como Edson Carioca, Danilo Boza, Ronaldo, Mandaca e Ewerthon. Após um começo sem destaque, a bola parada funcionou de novo, e pode ser uma grande arma pra reta final.
Por outro lado, vendo as carências e dificuldades, o time voltar a sofrer muitos gols, alguns em falhas individuais. No ataque, Ronie Carrillo voltou a apresentar um desempenho que não justifica sua titularidade. Gabriel Vasconcelos fez falta pela sua liderança, mesmo que se entenda o motivo. E Taliari e Jean Carlos entraram em um ritmo abaixo, até pelo tempo em que ficaram parados.
O revés para o Palmeiras faz parte do contexto. O Z-4 está mais próximo e, em algum momento, ele também faria parte da realidade alviverde. O fora da curva foi justamente conseguir se manter distante até agora.
A grande questão será a atitude apresentada pelo Juventude a partir deste momento. Ainda restam oito partidas, sendo quatro em casa. Se repetir a competitividade deste domingo e ajustar alguns pontos defensivos, o Juventude vai permanecer na elite.