Tem coisas que só acontecem no futebol brasileiro. E não é que depois de segurar um empate heroico com nove jogadores, ter três atletas expulsos e receber um grande número de cartões amarelos, o Juventude ainda viu o Corinthians reclamar da arbitragem.
Parece piada, mas é verdade. Ou uma grande cortina de fumaça. Afinal, foi mais um tropeço do gigante paulista em casa.
Após o confronto disputado na Neo Química Arena, Fabinho Soldado, diretor executivo do Timão, deu entrevista e questionou critérios do VAR, na validação do gol do Ju e pela não marcação de um pênalti, que teria sido cometido por Alan Ruschel, no segundo tempo.
— Não temos o costume de estar aqui reclamando, mas ficamos preocupados com o grande produto que nós temos, que é o Campeonato Brasileiro, e toda rodada encontramos dirigentes falando sobre os critérios existentes de cada jogo. Hoje, uma marcação (do VAR) ao nosso modo de ver não foi no lugar correto. Foi no meio do corpo e deveria ser no ombro. Um lance de mão aberta, normal, que em outros jogos, a favor ou contra, é pênalti. É isso que estou falando — destacou o dirigente.
Obviamente, Fabinho não falou sobre o critério na expulsão de Gabriel Vasconcelos ou mesmo da sequência de cartões por reclamação, enquanto o Corinthians não foi punido da mesma forma em lances semelhantes.
O fato é que enquanto os dirigentes usam da arbitragem ruim para esconder problemas em seus times, e só a questionam quando são prejudicados, a situação seguirá igual.
Sem a profissionalização da arbitragem e uma evolução do quadro da CBF, essas situações bisonhas irão se repetir constantemente.