Foi só um jogo, mas o Juventude de Thiago Carpini conseguiu ser bem superior ao dos seus antecessores. E não apenas por questões táticas ou técnicas. O Juventude que derrotou a Chapecoense por 2 a 0, na Arena Condá, teve outra atitude, competiu do início ao fim e poderia até ter saído com um placar mais elástico, dada a superioridade que teve na segunda etapa.
Muito da vitória deste domingo passa pela organização da equipe em campo. Segura defensivamente, mesmo com alguns erros bobos na saída de jogo, a formação do Juventude conseguiu cumprir a missão que lhe foi dada. Pressionou mais a saída de jogo do rival, quando necessário. Imprimiu velocidade nos contra-ataques e soube transformar a ansiedade e pressão pelo resultado em disposição dentro de campo.
Carpini surpreendeu ao escalar Alan Ruschel. E o lateral correspondeu. Fez sua melhor partida desde o retorno ao Alfredo Jaconi. No meio-campo, Jean Irmer e Emerson oscilaram um pouco, mas deram a proteção necessária para que Mandaca e Nenê conseguissem ser a válvula de escape e o cérebro do meio-campo. Na frente, o criticado David da Hora errou muito no começo, mas voltou a marcar. E quase fez outro, em um chute no ângulo. Seria um golaço. Importante também que Rodrigo Rodrigues balançou as redes. O centroavante estava claramente sem confiança nas finalizações.
O resultado em Chapecó não define ou garante uma recuperação imediata na Série B, mas é um primeiro passo fundamental para esse novo momento, sob novo comando. Era preciso virar a chave, mudar o rumo após um desastroso começo na competição. E o desempenho fora de casa deixa uma perspectiva interessante e dá confiança para que os próximos passos também sejam de evolução.