A segunda semifinal da Copa do Mundo foi, ao mesmo tempo, empolgante e surpreendente. Quando a França fez o 1 a 0, aos quatro minutos, aqui mesmo na redação ouvi de dois colegas: “acabou”.
Só que Marrocos mostrou uma resiliência gigantesca para se reinventar durante a partida. Em muitos momentos sufocou a poderosa França no seu campo. Acabou pecando, apenas, pelo acabamento. Não conseguiu o gol que o recolocaria na partida. Mérito também para atuações quase perfeitas de Varane, Konate e Lloris.
Marrocos vendeu caro demais, mas a França é mais time. Mesmo quando precisa se defender e jogar pelo contra-ataque.
Deschamps tem um elenco que, mesmo com sete desfalques pré-Copa, a perda do lateral-esquerdo titular na estreia e mais duas ausências na semifinal, tem qualidade de sobra. Mbappé não fez gol, nem Giroud. Mas precisou?
Será uma grande decisão. Argentina e França lutam pelo tricampeonato e é impossível cravar um favorito. Seja por Messi e Mbappé ou pela força demonstrada pelos dois times na hora da verdade.