A situação já era insustentável e a mudança esperada. Desde a semana passada, o Juventude tinha a convicção de que não poderia permanecer com Umberto Louzer no comando. Após a goleada sofrida para o Fluminense, o que se viu no Paraná foi mais do mesmo.
Antes, durante e depois do jogo na Arena da Baixada, o Juventude foi repetitivo. Na escalação, Umberto Louzer mexeu no esquema, nas peças, e repetiu a insistência em alguns jogadores que já não deram resultado. O desfecho não poderia ser outro.
Dentro de campo, a equipe alviverde suportou enquanto foi possível, mas novamente sucumbiu diante de um adversário melhor, mais organizado e com qualidade. A força que o Ju faz para tentar criar algo ofensivamente chegar a assustar. De novo, passou em branco.
Por fim, nas entrevistas coletivas, os discursos também se repetiram. Não é apenas o aspecto emocional que tem feito o Juventude jogar mal. São as escolhas, a falta de sinergia entre o comando e os seus atletas. Por isso, era fundamental mexer nas peças para evitar que fiascos e vexames sejam rotina até o final do Brasileiro.
Até entendo que a direção tentou, sem trocar o comando, fazer com que o campeonato se encerasse de forma digna, com o time, pelo menos, lutando. Não foi o que aconteceu. Sendo assim, o auxiliar do clube, Lucas Zanella, terá a missão de tentar tirar mais desse time, mesmo dentro de um contexto extremamente delicado. Se conseguir, ótimo. Se o marasmo persistir, o foco está em 2023.
Com tempo, a direção precisa avaliar o departamento de futebol e desenhar o que almeja na próxima temporada. Além da Série B e da Copa do Brasil, é fundamental que o Juventude não passe tanto sufoco no Gauchão, como tem ocorrido nos últimos anos.