A Seleção de Tite pouco sofreu e poderia ter feito bem mais do que os 3 a 0 diante da frágil Gana. Produziu para isso e, principalmente, mostrou repertório na primeira etapa. Com pressão intensa após a perda de bola, movimentação entre meias e extremas e um time que não tem mais uma dependência tão gritante em relação a Neymar, o Brasil vai deixando claro que chegará muito forte ao Mundial.
Individualmente, as peças ofensivas da Seleção chamam a atenção pela capacidade de improviso e qualidade acima da média. Além disso, todos parecem confortáveis com um modelo tático proposto, seja o mais ofensivo, como esse apresentado diante de Gana, ou um que, na teoria, tenha uma sustentação maior no meio-campo, com o ingresso de Fred como segundo volante.
Nos últimos testes, Alex Telles parece carimbar de vez sua vaga na Copa e Militão deixou a impressão de que não é preciso apelar para a experiência de Dani Alves na lateral direita. É melhor, por exemplo, pensar em outras alternativas ofensivas ou até no meio-campo, de olho em enfrentamentos contra seleções que tragam maiores dificuldades no decorrer da Copa.
Diante de Gana, o Brasil sobrou. Técnica e taticamente. E deve repetir a dose contra a Tunísia, mesmo com alterações na formação inicial.