Para iniciar, uma dica ou sugestão para qualquer leitor da coluna que reside na Serra Gaúcha: assista in loco uma competição da Surdolimpíada. Ou, se puder, até mais do que uma. O acesso a todos os espaços esportivos é gratuito. E garanto que vale a experiência como um ouvinte que dificilmente teria essa oportunidade.
Nesta quarta-feira, tive a chance de vivenciar de forma mais direta o ambiente surdolímpico. Pela manhã, levei meu filho, de cinco anos, para dois espaços esportivos onde ocorrem quatro diferentes modalidades. O resultado foi um encantamento incrível. Dos locais, dos atletas, de ver representantes de países gigantes no esporte.
É claro que a possibilidade de conhecer pessoas de novos países, culturas e de vivenciar um ambiente majoritariamente com a comunidade surda já seria algo especial. Mas não para por aí. É realmente algo incrível, que transcende o esporte.
Durante a tarde, na função de jornalista, voltei ao Recreio da Juventude para conversar com um dos medalhistas surdolímpicos. E aí, mais do que a felicidade do próprio atleta, vale ressaltar o engajamento de toda a equipe para que o esporte surdo consiga realmente ser visto de outra forma. Um dos grandes desafios do esporte surdo no Brasil é justamente o reconhecimento. Ou melhor, que ele seja visto como algo que pode melhorar e incluir.
Por aqui, vamos dar um bom exemplo. Incluir e, principalmente, fazer parte deste momento único para Caxias do Sul e região.