Escolhido para a entrevista coletiva do Caxias nesta terça-feira (17), o zagueiro Henrique aprovou a manutenção do trabalho da comissão técnica e citou a necessidade de uma mudança de atitude no grupo. Afinal, são eles que jogam. O defensor não é uma das lideranças ou dos jogadores mais experientes do grupo grená, mas acertou no tom do discurso. Porém, é preciso que em todos os níveis se entenda porque o Caxias não consegue evoluir. Isso passa por jogadores, comissão técnica e direção.
Não adianta apenas falar em trabalho, teorizar sobre as dificuldades da competição ou se apegar na atual condição de quarto colocado. Para pensar à frente, na classificação e no mata-mata, o Caxias precisará jogar mais, não apenas no aspecto individual ou anímico, mas coletivamente.
Em momentos críticos, costuma-se colocar toda a culpa no treinador ou na direção. Nesse caso, as críticas precisam ser compartilhadas. Alguns jogadores podem render mais e essa atitude citada por Henrique já precisaria estar ativa nas últimas rodadas. No comando, mesmo sem Rafael Jaques, o auxiliar Celio Pretto tem que mostrar atitude. As suas entrevistas pós-jogo, contra Aimoré e Esportivo, são de alguém que não se indignou com o resultado. E será dele o papel de comandar as atividades e, quem sabe, até estar novamente à beira do gramado contra o Cascavel.
Por fim, mesmo com todas as carências sabidas, a comissão técnica grená tem de encontrar novas alternativas. Para criar mais, o time terá de mudar não apenas em nomes, mas em sua formatação. Caso contrário, será mais um sábado tenebroso.