Contra o Cuiabá foi assim. Diante do Santos, o cenário se repetiu. Marquinhos Santos tem desenhado de forma inteligente as estratégias do Juventude para atuar fora de casa. Voltou com dois pontos dos confrontos e poderia muito bem ter conquistado quatro. Porém, uma situação chama a atenção. Nas duas oportunidades, a comissão técnica (na Arena Pantanal, o auxiliar Eduardo Barros comandou a equipe) demorou para mexer no time. Optou pela manutenção do 11 titular até praticamente os minutos finais. Diante do Cuiabá, mesmo com Alyson acusando cansaço e com cartão amarelo, foi mantido até o empate chegar.
Diante do Santos, o quarteto ofensivo estava visivelmente cansado, fruto da exaustiva entrega na marcação. Porém, mesmo com as cinco trocas disponíveis, a equipe só mudou depois dos 30 minutos da segunda etapa.
Após o jogo, na entrevista coletiva, Marquinhos falou sobre o receio de mexer nas peças, citando o xadrez e o estudo entre os times. Falou sobre a chegada de reforços e deu a entender que o grupo carece de alternativas. De fato, desta vez o resultado não mudou, mas a situação precisará ser repensada a partir desta próxima semana.
Com jogos nas quartas e quintas-feiras, o desgaste aumentará e os jogadores que hoje ficam por mais tempo no banco serão acionados obrigatoriamente. Será preciso passar confiança e dar minutagem para quem chegou a pouco, como Bruninho, Pacheco e Mosquera, e até recuperar outros nomes como Paulo Henrique, Eltinho, João Paulo, Matheus Jesus e Matheuzinho. Alguns deles não tem condições de atuar na Série A? Pode até ser, mas é muito mais fácil que se perca o grupo deixando jogadores de lado ou apenas como telespectadores da casamata.
O campeonato é longo e, assim como em um jogo de xadrez, além de saber a hora de mexer nas peças, será preciso ter uma estratégia inteligente para chegar ao final do jogo o mais forte possível.