O rebaixamento foi consumado no sábado, mas a goleada sofrida diante do Inter não é o ponto principal para explicar a volta do Esportivo para a Divisão de Acesso.
A má campanha pode ser desenhada ainda no planejamento da equipe. Contratações equivocadas, um grupo de jogadores desequilibrado e uma escolha, no mínimo, questionável. Afinal, após duas temporadas de boas campanhas, com o acesso em 2019 e o título do Interior em 2020, por que não manter Carlos Moraes no comando? Por que reformular praticamente todo o grupo?
A direção alviazul optou por Luiz Carlos Winck. Não deu certo. Rogério Zimmermann também não fez o milagre. Sobrou para Gustavo Papa.
Os empates contra Ypiranga, nos acréscimos, e Juventude, com erros bizarros da arbitragem, só adiaram o que já se esperava. O Esportivo fez um grupo que não tinha condições de permanecer na elite. Faltaram opções, especialmente do meio para a frente. O time lutou, mas isso nem sempre é o suficiente.
Agora, a grande dúvida fica por conta da participação do clube na Série D deste ano. Seria algo importante para manter o clube em atividade e, principalmente, vislumbrar uma visibilidade maior com a competição nacional. Por outro lado, o aspecto financeiro pode pesar. A definição deve ocorrer nos próximos dias. O certo é que, para fazer bonito, o time precisa ser outro.