Interessante a provocação sugerida pela Mônica Chissini, doutoranda em Letras (UFRGS), e que é tema do Órbita Literária dessa segunda-feira (15). A convite dela, o também doutorando Marcos Lampert Varnieri vai abordar As pessoas não humanas na Literatura Indígena. O encontro se inicia às 20h, na Do Arco da Velha Livraria e Café, em Caxias do Sul.
É oportuno esse assunto, porque a literatura indígena contemporânea no Brasil já conta com uma variedade expressiva de autores e obras, o que tem permitido estudos específicos. Por exemplo, o escritor Kaká Werá Jecupé escreve em A terra dos mil povos: "Cabe lembrar que tudo entoa: pedra, planta, bicho, gente, céu, terra. É assim, como foi ensinado por meus avós, que as vidas acontecem".
Ou ainda, Davi Kopenawa, em A queda do céu: "Os cantos dos espíritos se sucedem um após o outro, sem trégua. Eles vão colhê-los nas árvores de cantos que chamamos amoa hi. Omama criou essas árvores de línguas sábias no primeiro tempo, para que os xapiri possam ir lá buscar suas palavras".
Depois desse preâmbulo, a quem interessar possa, o Arco da Velha fica na Rua Dr. Montaury, 1.570, no centro de Caxias. A entrada é franca.