Um mini data center fabricado em Caxias cruza o oceano nos próximos dias rumo ao Malaui, na África. Antes de embarcar, o produto, desenvolvido pela ALGcompany, será apresentado ao vice-embaixador do Malaui, Vitus Gomamtunda Dzoole Mwale.
Ele estará em Caxias no início da próxima semana acompanhado do primeiro-secretário para Assuntos de Investimento, Yassin Mwachande, e da primeira-secretária para Assuntos Políticos, Tadala Makato.
O produto é o primeiro Edge Data Center da ALGcompany e também a primeira venda para o país africano, por meio da empresa Converged Technology Networks (CTN). Trata-se de um equipamento para um projeto-piloto de inclusão digital financiado pela Usaid, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.
O data center será utilizado em Lilongwe, capital do Malaui. O projeto busca reduzir os custos de internet e apoiar a oferta de serviços online do governo e outros conteúdos locais. A expectativa é beneficiar 2 milhões de pessoas.
— A ALGcom exporta produtos para provedores de internet para 62 países e um cliente da África entrou em contato solicitando se a gente não fabricaria um mini data center de borda. Depois, tem possibilidade de expansão para mais de 200 comunidades — conta Lissandro Gerhardt, diretor e proprietário da ALGcompany.
Novo mercado
De acordo com Gerhardt, o data center é fabricado dentro de um compartimento preparado para receber servidores e computadores. Similar a um container, ele tem sistemas de controle de temperatura, de continuidade de energia e de telemetria (técnica de transmissão de dados à distância), além de sistema de combate de supressão de incêndio. O data center tem seis metros por dois e meio e custo de 80 mil dólares.
— Queremos vender esse produto no Brasil e no mundo todo. Estamos trabalhando, por exemplo, para uma demanda nos Estados Unidos e em uma demanda para o norte do país. Estamos com vários projetos em andamento desse produto. É um mercado novo para a nossa empresa, mas a gente é esculpido pela tecnologia. Para nós também é uma expectativa, uma inovação, uma coisa que traz uma energia boa, porque a gente está querendo pegar essa onda no início — destaca Gerhardt.