A morte de Silvio Santos, aos 93 anos, no sábado (17), causou comoção, como era esperado, e lembrou aos empresários um movimento fundamental para a preservação do patrimônio: elaborar um plano de sucessão sólido para que os bens sejam transferidos de forma eficiente para as próximas gerações.
Silvio, que possuía uma fortuna avaliada em R$ 1,6 bilhão, segundo a revista Forbes, deixou estabelecido em testamento que seu patrimônio seria dividido entre as seis filhas e a esposa, conforme informações do Jornal O Globo. A palestrante da reunião-almoço da CIC desta segunda-feira (19), Natália Destro, comentou o exemplo de Silvio após ser questionada pela colunista, e falou da importância de um bom planejamento de sucessão para preparar melhor os herdeiros.
— Muitas famílias perguntam qual que é o melhor momento de falar com os filhos sobre isso. Acho que não existe melhor momento. O quanto antes, melhor. Essa é uma realidade, a única certeza que a gente tem na nossa vida, e eu acho que, quando os herdeiros estão preparados para isso, eles recebem a informação, sabem o que vai acontecer, como eles têm que lidar com aquilo. Acho que esse momento fica mais suave, mais eficiente — diz Natália, head da área de Wealth Planning do Julius Baer Brasil.
Atenção com a reforma tributária
Natália também falou dos impactos da reforma tributária no planejamento sucessório e patrimonial por conta da simplificação dos impostos.
— A reforma está trazendo uma série de aspectos de aumento de base tributária, de impostos de ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), outras previsões que vão impactar também as pessoas físicas, que não necessariamente têm empresas, mas que têm patrimônio. Estamos esperando a regulamentação para ter certeza definitiva do impacto — acrescentou.