Gilmar Marcílio
Amanhã, trinta e um de dezembro, será o dia das inevitáveis promessas, dos projetos que, mesmo longe da certeza de sua concretização, irão nortear o próximo ano de cada um. Façamos isso, pois se abdicarmos desses rituais ficará em nós a sensação de vazio, da traição de uma perspectiva que, real ou ilusória, nos ajuda a seguir em frente. Porém, não esqueçamos que esse roteiro de realizações que estão por vir não pode prescindir de um escrutínio minucioso do que aconteceu no período que agora finda. Os fracassos e as vitórias que carregamos sobre nossos ombros nos ajudam a entender melhor as possibilidades que temos à nossa frente. Acreditar em algo é, certamente, abrir caminho para os acontecimentos. É na mente que construímos as bases para que a realidade se vergue aos nossos desejos. A vontade que se extrai para continuar buscando não pode prescindir da coragem em analisar o que fizemos ou o que foi um mero devaneio.
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