Em política, tudo é possível. O que se pode afirmar na véspera e no dia da eleição em primeiro turno para a prefeitura de Caxias do Sul é que uma definição já neste domingo é improvável. Nada além disso, ainda mais em uma eleição peculiar, sem o balizamento, a referência de pesquisas eleitorais. O eleitor e a eleitora não dispõem dessa orientação. A partir daí, há uma tendência, de que o eleitor e a eleitora caxiense voltem a se encontrar com as urnas em 27 de outubro. Mas só se pode falar em tendência.
De novo, há algumas referências eleitorais, a partir do cenário da sucessão caxiense e de resultados de eleições recentes. Uma delas: o eleitorado caxiense é predominantemente de direita, mas o campo da direita tem dois candidatos assumidos e um terceiro que transita do centro para a direita. Já o espaço da centro-esquerda, minoritário, tem, em contrapartida, só uma candidatura. Outra referência: na eleição de 2022, o candidato eleito à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), obteve 33,3% dos votos válidos, contra 66,7% para o candidato Jair Bolsonaro (PL). São essas as evidências de que se dispõe.
O que a eleição deste domingo vai clarear é os tamanhos das fatias do eleitorado de cada candidato. A partir desse tamanho das fatias, será possível a definição de dois candidatos para o segundo turno, se houver, e alguma visualização de projeções para esta nova etapa, pois haverá números à disposição.
A expectativa é enorme e crescente. Afinal, trata-se da definição de quem vai governar Caxias do Sul por quatro anos a partir de janeiro de 2025. Não é pouca coisa.