
São 347.184 eleitores em Caxias do Sul. É o número oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgado em julho. Toda essa gente está apta ao voto na eleição para prefeito e vereadores neste domingo, entre 8h e 17h. É uma oportunidade valiosa. Há, no entanto, quem torça o nariz para a política, e não é pouca gente. No limite, esses eleitores votam em branco ou anulam o voto. Seus votos não são contabilizados como válidos. São retirados do cálculo eleitoral. Nele só entram os válidos, destinados a um candidato ou à legenda, se a eleição é para vereador.
No caso da escolha do prefeito, é esse número de votos válidos que define o total necessário para ganhar já no primeiro turno: metade mais um. É improvável, no entanto, que a parada se decida em primeiro turno em Caxias.
Se nenhum dos quatro candidatos atingir metade mais um dos votos válidos, haverá segundo turno entre os dois mais votados em 27 de outubro. Essa é a matemática da eleição em primeiro turno. Para vereadores, esse exército de eleitores caxienses definirá quem ocupará as 23 cadeiras da Câmara, em um cálculo mais complexo.
A cidade aguarda, com muitos desafios, quem irá comandá-la a partir de 1º de janeiro de 2025, e essa definição passa pela eleição em primeiro turno, neste domingo, da qual participam quatro candidatos: Adiló Didomenico (PSDB), Denise Pessôa (PT), Felipe Gremelmaier (MDB) e Maurício Scalco (PL). Bem menos do que o recorde de 11 na eleição passada, que escolheu Adiló, que agora concorre à reeleição.
Os postulantes se candidatam a comandar uma cidade cuja Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2025, enviada pelo governo municipal à Câmara, projeta um orçamento de R$ 3.659744.042. O número dá uma dimensão da grandeza da cidade e é 11,8% maior do que a receita consolidada aprovada para este ano.
Sob o ponto de vista político, pode-se dizer que as articulação que redundaram em quatro candidatos principiaram muito cedo, ainda em 2022, e elas começaram à direita. O vereador Maurício Scalco (PL) foi o primeiro nome que surgiu no cenário e se consolidou como candidato de uma frente de direita. O prefeito Adiló era o nome natural do governo à reeleição, o que se confirmou.
A deputada federal Denise Pessôa foi se credenciando no PT como uma novidade, uma vez que o partido, por anos, costumava recorrer ao deputado estadual Pepe Vargas para a empreitada. Desta vez, optou por uma renovação.
O “xis da questão” do cenário eleitoral caxiense envolveu o ex-prefeito e ex-governador José Ivo Sartori (MDB), conclamado a concorrer. Em fevereiro deste ano, anunciou que não concorreria, e essa definição fez o PDT decidir-se pela parceria com o PT. Foi um movimento central no cenário eleitoral. Por fim, o MDB foi o retardatário na definição eleitoral, decidindo-se por Felipe apenas no início de junho.
Nesta eleição, está em avaliação o Governo Adiló, que busca receber a bênção das urnas, com aprovação para mais um mandato. No entanto, ele tem adversários competitivos à direita e à esquerda. Deve-se considerar projeções em torno do primeiro turno que Caxias do Sul é um município com predominância de eleitores à direita, como confirmaram as últimas eleições. Porém, este campo político tem maior concentração de candidatos, restando uma única chapa para representar o campo menor, da centro-esquerda.
Esse cenário impactou tanto a campanha que o principal acirramento não esteve, como de costume, entre direita e esquerda, mas entre dois candidatos do campo da direita – Scalco e Adiló.
Por fim, a eleição teve uma peculiaridade, por não haver o balizamento de pesquisas eleitorais. Razão por que, apesar de alguns indicativos de bastidores, a partir de pesquisas contratadas por partidos, portanto, mais sujeitas a imprecisões, os eleitores chegam ao dia do voto com um cenário eleitoral incerto, e é assim que irão votar. É neste domingo, das 8h às 17h. Se haverá segundo turno, saberemos no início da noite.

Adiló Didomenico (PSDB)
- Número 45
- Candidato a vice: Edson Néspolo (União Brasil)
- Coligação: Juntos por Caxias. Juntos no Rumo Certo
- Partidos: Federação PSDB/Cidadania, União Brasil, PRD, Democracia Cristã e Republicanos

Denise Pessôa (PT)
- Número 13
- Candidato a vice: Alceu Barbosa Velho (PDT
- Coligação: União e Mais Ação por Caxias
- Partidos: Federação Brasil da Esperança PT/PCdoB/PV, Federação PSOL/Rede, PDT e Avante

Felipe Gremelmaier (MDB)
- Número 15
- Candidato a vice: Michel Pillonetto (PSD
- Coligação: Somos Mais Caxias
- Partidos: MDB e PSD

Maurício Scalco (PL)
- Número 22
- Candidata a vice: Gladis Frizzo (PP)
- Coligação: O Futuro é Agora
- Partidos: PL, PP, Novo e Podemos
OS SALÁRIOS
- Prefeito
- R$ 26.224,84
- Vice-prefeito
- R$ 22.296,12