A eleição em segundo turno para a prefeitura de Caxias do Sul, no próximo domingo (27/10), vai oferecer resposta a um tira-teima, se é válido ou não um preceito muito invocado em períodos eleitorais: os apoios de partidos se traduzem em transferência de votos? Sim ou não? Nos últimos dias, PCdoB, PV, PT, MDB, PSD e PRTB anunciaram apoio à candidatura de Adiló Didomenico (veja abaixo sobre os anúncios de PRTB e PSD). Já a chapa liderada por Maurício Scalco (PL) não ampliou a base partidária. A aliança se dá entre PL, PP, Novo e Podemos, sem o ingresso de algum novo partido. O discurso é centrar o esforço na conquista de pessoas, dos eleitores que não estão satisfeitos com a cidade e querem uma mudança para Caxias do Sul.
A semana é decisiva e promete. Haverá mais três debates: TV Câmara (23/10), Grupo RS COM, na CIC (24/10) e o último deles, encerrando a campanha, na RBS TV (25/10). São os últimos dias para a conquista de votos, e a reportagem do Pioneiro (19 e 20/10) e GZH, sobre um universo de mais de 193 mil votos entre quem votou em branco, anulou voto, não compareceu à urna ou então votou nos dois candidatos que não foram ao segundo turno, evidencia que há voto suficiente que paira no ar, capaz de decidir a eleição. Por isso, o trabalho desta semana é decisivo, e a projeção é de que ocorra um acirramento do debate.
O tira-teima que será posto à prova: os apoios de partidos se traduzem nos votos necessários? A campanha de Scalco centra nas pessoas. Não deve subestimar, contudo, esse múltiplo apoio à candidatura de Adiló que vem de campos políticos à direita (PRTB), à esquerda (PT e PCdoB) e de centro (MDB e PSD). O PSB já havia tomado sua decisão em convenção, quando definiu que o apoio à chapa de direita estava descartado. Se é certo que a transferência de votos não é automática, essa transferência acontece em algum percentual, e vem de diversos partidos. O segundo turno esclarecerá.
PRTB e PSD com Adiló
Mais dois partidos anunciaram apoio à candidatura de Adiló em segundo turno: o PRTB e o PSD. O PRTB não havia apoiado nenhum candidato em primeiro turno e agora anuncia apoio ao tucano, “posicionamento em consenso com filiados, executiva e candidatos (a vereador)”. Já o PSD (foto no alto) estava na coligação com o MDB, na chapa com Felipe Gremelmaier. O MDB já havia anunciado apoio a Adiló.
– Foi unanimidade a decisão por apoiar o Adiló dentro da executiva – informa Michel Pillonetto, o candidato a vice de Felipe e presidente do PSD local.