A preocupação com as consequências de enxurradas e alagamentos em Caxias do Sul foi o tema dominante da sessão de ontem da Câmara, uma semana depois da passagem de um ciclone pelo RS. O debate na Câmara repercutiu reunião da Comissão de Agricultura da Casa, presidida pela vereadora Gladis Frizzo (MDB), realizada na quarta-feira (20/6), que debateu sobre a prevenção de eventos climáticos com a participação da Defesa Civil.
Na sessão, o assunto foi introduzido pelo vereador Sandro Fantinel (PL) e continuado pelos colegas Alexandre Bortoluz (Progressistas), Gladis, Rose Frigeri (PT), Elisandro Fiuza (Republicanos), Lucas Caregnato (PT), Renato Oliveira (PCdoB) e Maurício Scalco (Novo).
Uez demonstrou grande preocupação com a situação de Galópolis, sua base eleitoral:
– Há muito tempo que eu escuto a previsão do tempo. Eu havia escutado que este ano nós íamos ter esse efeito El Niño, até anunciado para lá para novembro, dezembro, o “súper El Niño”. E quando eu me encontro com muita gente, (que pergunta) “como é que vai Galópolis?”, a primeira coisa que eu respondo é: “Enquanto chover pouco, está bom”. (...) Em 20 minutos, o Arroio Pinhal consegue aumentar de quatro a seis metros. Se esse arroio transbordar como eu já vi... (...) O que faria a Defesa Civil numa situação como essa? – questionou.
– O que nós sentimos ontem (quarta-feira, na reunião da Comissão da Agricultura): a importância da Defesa Civil. Eles estão com plano de contingência (Plano Municipal de Contingência de Proteção e Defesa Civil, o Placon, leia abaixo), mas nós percebemos que tudo isso não seria tão importante se nós não tivermos esse trabalho em rede. Não adianta a Defesa ter as informações, não ter condições de comunicar a todos para que todos possam se prevenir. Quero aqui parabenizar o pessoal da Defesa Civil, que são em três pessoas – pontuou Gladis.
– Eu fiz parte da Defesa Civil municipal, ela é muito enxuta, muito enxugada – avaliou Bortoluz.
Já Caregnato propôs a formação de uma comissão especial na Câmara para o tema da prevenção a eventos climáticos:
– Já que o tema é de todos e da cidade, que seja uma comissão especial, para que todos os vereadores possam participar – sugeriu.
Órgão articulador e três funcionários fixos
A prefeitura confirma que três servidores fixos atuam na Defesa Civil, órgão vinculado à Secretaria de Segurança Pública e Proteção Social.
– Porém, é um órgão articulador, tem um plano de contingência para cada situação, do qual fazem parte outros órgãos, conforme o caso – destaca o coordenador de Comunicação da prefeitura, Márcio Serafini.
O prefeito Adiló didomenico assinou em abril decreto que cria o Plano Municipal de Contingência de Proteção e Defesa Civil, o Placon. O plano tem por objetivo o socorro às pessoas, a ajuda humanitária, a reabilitação do cenário de risco e a redução de danos e prejuízos antes que os eventos se concretizem, com ênfase à prevenção, monitoramento, alarme e resposta.