Em 28 de abril, o Sindiserv (Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul) realizou ato em frente à prefeitura, em um Dia de Mobilização e Lutas pela campanha salarial 2023. Naquele dia, a comissão de negociação foi recebida pelo secretário de Governo, Flávio Cassina. O material que chamava para a programação do dia, no site do Sindiserv, dizia: “A categoria já alcançou o limite da tolerância”.
A pauta de reivindicações da categoria já estava com o governo. De lá para cá, a administração municipal respondeu por escrito as demandas relacionadas pelo Sindiserv para a campanha salarial na sexta-feira (19/5). Nesta terça-feira (23/5) à noite, o sindicato aprovou em assembleia, no auditório e no 3º andar da entidade, a realização de um dia de greve dos serviços em 31 de maio, sendo mantidos, conforme a orientação do sindicato, apenas os serviços essenciais. Participaram cerca de 350 servidores (foto), e a decisão se deu por unanimidade. Ainda na próxima quarta-feira, nova assembleia votará sobre a continuidade da greve ou a retomada da prestação de serviços, “caso o Executivo apresente uma proposta que valorize a categoria”, diz o site do Sindiserv.
– Os servidores estão exaustos e cansados também de buscar um diálogo e ter como resposta a perda de direitos, congelamento de salários, fim da trimestralidade, condições de trabalho insuficientes, aumento das alíquotas e tempo para aposentadoria. Esperamos que, até o dia 31, o governo municipal atenda as nossas reivindicações e valorize quem cuida da nossa sociedade – disse Silvana Piroli, presidente da entidade.
Na resposta por escrito ao Sindiserv, a prefeitura informou que a reposição de perdas salariais só se dará pela inflação oficial de 2023 (o IPCA), e no início de 2024. Ano passado, o governo adiantou 2% da reposição na folha de setembro. O sindicato reivindica revisão salarial de 15%.
Nesta quarta-feira, a direção do sindicato formalizou ao Executivo a situação de “estado de greve” da categoria. O que estava “no limite da tolerância” parece ter se agravado. É um momento tenso da relação entre servidores e governo.