A vereadora Denise Pessôa (PT) tem pavimentado o caminho para a presidência da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul em 2022, materializando acordo informal que destina a função em rodízio para as maiores bancadas em uma legislatura. No caso, PTB, PT, PSB e PSDB. A principal liderança que se opõe ao acordo é o vereador Mauricio Marcon (sem partido), junto com a chamada frente anti-PT.
Marcon sai da sessão desta quinta-feira, que rejeitou parecer da Comissão de Ética da Câmara pela suspensão do mandato da vereadora Estela Balardin (PT) por 30 dias, em posição bastante fragilizada. Assim, o acordo deve ser cumprido, até porque envolve 12 vereadores, que integram as quatro maiores bancadas.
"Desta vez, permaneçam calados"
Pelo sim, pelo não, o vereador Wagner Petrini (PSB) foi cirúrgico em um recado à principal liderança do PT em Caxias e aos apoiadores do partido quanto à definição da presidência da Mesa da Câmara:
– Eu peço ao Pepe (Vargas, deputado estadual) e seus companheiros que, desta vez, permaneçam calados, se não vão prejudicar ainda a nossa vereadora Denise que, com toda a sua experiência e potencial, pode ser a presidente da Casa se os vereadores realmente acompanharem o critério desta Casa que é a representatividade das maiores bancadas por votação.
Ele se referia a ato realizado em solidariedade a Estela, semana passada, que reuniu lideranças petistas, de outros partidos e de movimentos sociais, que criou mais problemas com vereadores do que ajudou.