A coluna destaca três pontos que normalmente costuma abordar, com foco de interesse comunitário e da mobilidade com respeito a pedestres e cadeirantes. Dois dos assuntos interessam centralmente à comunidade e à Família Pedrosa, família que defende os interesses de pedestres e cadeirantes.
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Esses três pontos precisam estar no foco imediato do novo governo, que assumiu semana passada. A ocupação da Maesa, aliás, já foi colocada como prioridade, mas há empecilhos e condicionantes a serem observados. Confira:
Calçadas
Trocou o governo. E continuam à espera de reparo calçadas em pontos importantes de vias movimentadas da cidade, decorrentes de obras e consertos feitos por órgãos públicos, com grande prejuízo para pedestres e cadeirantes. Nesses trechos, as calçadas estão todas remendadas, aguardando o olhar da administração pública.
O novo governo precisa definir quem faz. O anterior realizou licitação para contratação de uma empresa, que estava em vias de ser homologada. A administração chegou a anunciar a homologação, mas os reparos não acontecem. São inúmeros os endereços críticos.
Acesso ao Planalto
O novo governo anunciou a suspensão da licitação do transporte público e, no embalo, também a da reformulação do acesso ao bairro Planalto, com construção de passarela, porque uma das empresas interessadas pediu informações sobre o material a ser empregado em um dos itens do projeto, o que acarreta diferença de preço. O secretário de Obras, Gilberto Meletti, diz que a suspensão é só para esse ajuste, por pouco tempo.
É bom que assim seja. A reformulação do acesso ao Planalto, com passarela, é uma demanda histórica da comunidade, reforçada por acidentes frequentes, inclusive com mortes, envolvendo alunos da Escola Melvin Jones, ali perto, como o que vitimou o estudante Maurício Pimentel da Rocha Gonçalves em 2012.
Desde lá, nada mudou, e a situação para o problema se arrasta. Lombadas eletrônicas foram instaladas e retiradas e perderam-se verbas federais. No momento, o trecho está sem proteção. O governo que sai anunciou a licitação, agora suspensa. A obra está orçada em cerca de R$ 6,3 milhões, e precisa acontecer.
Ocupação da Maesa
Anunciada como prioridade pelo novo governo. Ficou emperrada por conta da dificuldade de desocupação do espaço que era ocupado pela Voges Motores bem como pela falta de vontade política do governo que saiu. A antiga administração dizia que só trataria da desocupação após a desocupação completa pela Voges, que entrou em falência, e não é de uma hora para outra que o maquinário pode ser retirado, pois deve haver o controle pela administração da massa falida.
Porém, há todo o restante do espaço que pode ir sendo ocupado, a partir de uma planificação que deve ser liderada pelo governo municipal. Comissões foram constituídas para definir diretrizes para a ocupação, mas não houve efeito prático. O novo governo pode encaminhar a ocupação do espaço restante, mesmo enquanto aguarda a saída do maquinário da Voges.
Só para recapitular, a lei estadual 14.617 de 08.12.2014, que autorizou o Estado a doar o imóvel ao município, define em seu artigo 2º que ele destina-se a “uso público especial com finalidade cultural, de instalação de equipamento público e funcionamento de órgãos públicos em que seja garantido o manejo sustentável do patrimônio histórico, arquitetônico e cultural por ele constituído”. Restringe o loteamento de espaços e orienta a ocupação.